No culto matutino do domingo passado, 2º dom do advento (2010), também celebramos a Ceia do Senhor em nossa igreja local. Partilho aqui uma das coisas que me traz mais alegria no momento de servir a Mesa do Senhor: ensinar as crianças sobre a importância deste ato e servi-las. Lembro-me da época em que as crianças só tinham acesso aos elementos da Ceia, quando terminava o culto e as bandejas eram levadas para a cozinha. Neste momento, as igrejas deixavam as crianças...
comerem os elementos (pão e suco de uva). Seja consciente ou inconscientemente, as igrejas permitiam às crianças comerem do pão e beberem do cálice, mas só que no lugar errado. Ao invés de ensinarmos que a mesa no altar acolhe a todos, nós as excluíamos e depois para compensá-las deixávamos “brincar” de ceia na cozinha da igreja.
comerem os elementos (pão e suco de uva). Seja consciente ou inconscientemente, as igrejas permitiam às crianças comerem do pão e beberem do cálice, mas só que no lugar errado. Ao invés de ensinarmos que a mesa no altar acolhe a todos, nós as excluíamos e depois para compensá-las deixávamos “brincar” de ceia na cozinha da igreja.
Ao invés da mesa do altar, oferecíamos a mesa da cozinha; no lugar do pastor ou diáconos da mesa, delegávamos a tarefa de servir ao zelador ou responsável pelas bandejas; ao invés de incluí-las educando-as e ensinando-as a amar o altar e o que se celebra nele, nós as expulsávamos para outro lugar se quisessem comer daquele pão e daquele cálice. Depois quando os adolescentes e os jovens tinham dificuldades para permanecer na igreja, nós dizíamos que tínhamos feito o máximo. Acredito que há muito por se fazer quanto a ensinar as crianças a amarem a Casa do Senhor, em especial o seu altar, mas destaco neste texto nossa responsabilidade de educarmos enquanto celebramos, e a Ceia do Senhor é uma grande oportunidade.
Fico feliz por ver que muitas igrejas e denominações já estão reconhecendo a importância deste ato. Mais do que ensinar o adolescente sobre o significado da Ceia e acolhê-lo após seu batismo e profissão de fé, nosso papel é investir em nossas crianças de tal forma que ao se batizarem ou professarem sua fé publicamente elas possam simplesmente dar continuidade a algo que já faz parte de suas vidas. Por que precisamos excluir, para depois ficar correndo atrás para querer incluir. Excluímos do altar na infância, depois queremos forçá-las a tomarem parte na adolescência/juventude.
Como pai, quero que minha filha desde cedo sinta o prazer de estar no altar de Deus. Quero vê-la desde a mais tenra idade se ajoelhando (conforme é a tradição de minha igreja – Metodista) para comer do pão e beber do cálice. Ela pode não entender a complexidade da celebração (não sei se os adultos da igreja entendem, ou melhor, não sei nem mesmo se eu entendo), mas aos poucos absorverá seu significado espiritual e simbólico que é muito mais profundo que as explicações discursivas que damos. A criança é o futuro/presente da igreja. Ela já está na igreja... ela já é igreja. Termino com as palavras de Jesus: “Jesus, porém, chamando-as para junto de si, ordenou: Deixai vir a mim os pequeninos e não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus” (Lucas 18:16).
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