Nos últimos dias
o que mais ouvimos foram votos de prosperidade para o novo ano. Mesmo pessoas
que não nos conheciam desejaram-nos um feliz e próspero ano novo. O tema da
prosperidade parece estar em muita evidência nesta época do ano. Provavelmente a
música que será mais cantada nas festas de Reveillon hoje será de Francisco Alves e David Nasser, gravada por João Dias em 1951, que diz:
Adeus ano
velho,
Feliz Ano
Novo.
Que tudo
se realize
No ano
que vai nascer.
Muito
dinheiro no bolso,
Saúde pra
dar e vender.
Apregoa-se a
idéia de que ter bens materiais e saúde é prova de prosperidade. Inclusive
algumas igrejas estão impregnadas de teologias baseadas nestes valores. Ao
estudarmos a Bíblia, vemos que a verdadeira prosperidade só pode vir de Deus.
Vemos principalmente que ser próspero é
muito mais que ter dinheiro no bolso e boa saúde. Se este for o padrão de
avaliação, muitos personagens bíblicos não passariam no teste.
Se quisermos
experimentar a prosperidade de Deus, temos que nos basear em sua Palavra.
Dentre os vários textos possíveis para se refletir sobre o assunto, utilizo o
de Josué 1.1-9. Dele destaco três pontos importantes para que experimentemos a
prosperidade que vem de Deus segundo as palavras dirigidas a Josué: 1º)
Obedecer às ordenanças (segue tudo quanto meu servo Moisés te ordenou); 2º)
Falar das ordenanças (não cesses de falar deste livro); 3º) Meditar nas
ordenanças (medita dia e noite nas palavras desta lei).
Desejo que todos
tenham um 2012 verdadeiramente próspero. Uma prosperidade que vem de Deus. Uma
prosperidade abençoada e abençoadora. Feliz 2012!!!
Domingo, 18 de dezembro, a Catedral Metodista de Piracicaba realizou um culto em ação de graças por meu ministério pastoral frente a comunidade local, como uma forma de despedida. Dentre as várias homenagens o irmão Gustavo Alvim ficou responsável por representar a Catedral como um todo. Suas palavras foram gravadas e também podem ser lidas no texto abaixo. Senti-me grandemente honrado pelas palavras do nosso irmão e louvo a Deus pela oportunidade de ter convivido com este rebanho e por ele ser pastoreado em tempos difíceis. LOUVADO SEJA O NOME DO SENHOR!
TEXTO NA ÍNTEGRA:
HOMENAGEM AO PASTOR PAULO DIAS NOGUEIRA
E FAMÍLIA
Nossa vida é feita de ciclos; que se sucedem; que se
sobrepõem. Uns mais longos, outros mais curtos. Alguns mais agradáveis, que
deixam saudade, outros mais complicados, que desejamos esquecer. Há os recorrentes
e os que nunca mais voltam. Assim é a vida. Hoje a família Nogueira encerra um
ciclo vivido em
Piracicaba. Por sua vez, nós, membros e participantes desta
igreja, também sentimos o findar de um inesquecível ciclo sob o pastoreio do
Rev. Paulo.
O encerramento desse ciclo foi devido à itinerância, prática
usual na Igreja Metodista, que corresponde à transferência eventual de pastores
e pastoras. Essa efemeridade dos clérigos nas igrejas faz parte da tradição e
da identidade metodista. Itinerância vem de “iter”, que significa caminho; daí
itinerário e itinerância. Itinerante é alguém que viaja, que caminha, que se
desloca. Jesus Cristo, os discípulos e os apóstolos foram itinerantes. John
Wesley foi itinerante, algo que ele praticava e estimulava. Por isso, os
Cânones, ou seja a legislação interna da Igreja Metodista estabelecem como
dever do pastor “aceitar a itinerância”.
Como tudo na vida, a itinerância apresenta vantagens e
desvantagens. Não é o caso de abordá-las
agora. Felizmente, essa prática tem sofrido alterações para adequá-la às
transformações sociais, econômicas, eclesiásticas, familiares e tantas outras mudanças
dos dias atuais. Por meio de avaliações busca-se conhecer e sopesar diferentes
aspectos e interesses, sejam do pastor, da sua família, da igreja local, da
igreja regional, para que as nomeações correspondam às necessidades, aos apelos
da Missão e aos desígnios de Deus. Sabemos que os pastores e as pastoras metodistas estão sujeitos a essas transferências
de tempos em tempos, porém, mesmo assim, quando elas acontecem há emoção e comoção,
que provocam os mais variados tipos de reações. E não poderia se diferente, afinal
é sempre uma separação do pastor ou da pastora e seu rebanho, depois de um
período de estreita convivência, que propicia o enraizamento de amizades e o
florescimento do amor. A notícia da transferência quando chega, geralmente desestabiliza
irmãs e irmãos, causando revolta e lágrimas, bem como prenúncios de saudade.
Tem sido assim, aqui em nossa igreja. A extensa galeria
de ex-pastores, cujos retratos estavam no salão, ora em reforma, nos lembra
essa realidade vivida muitas vezes, durante os 130 anos de sua existência. E
certamente continuará sendo assim no futuro. O importante é recebermos esse
fato como desígnio de Deus. Afinal, Ele é o Senhor de todos nós. Ele nos ama e
quer o melhor para os Seus filhos. Não é fácil pensar dessa maneira, contudo a
fé tem de nos levar à crença de que as nomeações são feitas para o avanço da
Missão, conforme os planos divinos.
É com essa realidade que estamos nos confrontando
agora. Tivemos, na Catedral, maravilhosos oito anos de muitas bênçãos sob o
pastoreio do Revº. Paulo. Muita coisa boa aconteceu nesse ciclo. Foi tempo de
bênçãos e dádivas. Momentos importantes e marcantes para nós, suas ovelhas, e
para a família Nogueira, vividos neste lugar. Alegrias, vitórias e momentos
difíceis da vida do casal e filha foram partilhados com a Igreja. Trazemos à
memória alguns deles, como o longo período de orações fervorosas das irmãs e
irmãos, durante talvez uns três anos, com pedidos a Deus para que a Valéria
engravidasse. O gol não saía, mas a torcida foi fiel, até podermos comemorar
juntos a vitória. E quando ela veio, a graciosa Beatriz passou a receber a
atenção e o carinho de todos nós. Estendemos-lhes o nosso amor e nos alegramos
com o verdadeiro milagre.
Igualmente, sofremos juntos, ajoelhados diante de
Deus, clamando por Sua misericórdia, durante os dias da grave enfermidade do
pastor Paulo, que nos deu um grande susto. Deus foi bondoso para com ele e para
conosco, restabelecendo-lhe a saúde para o regozijo de toda a Igreja.
Acompanhamos também os esforços da Valéria e do pastor
Paulo, na busca de mais conhecimento e titulação acadêmica, relevantes para a
formação de ambos, com vistas a melhor servir o Senhor. Igualmente, nos
alegramo-nos com essas vitórias, fruto da dedicação de ambos aos estudos e do
desejo de se manterem atualizados.
A presença freqüente do pastor Paulo nas reuniões de
oração das mulheres de nossa Igreja foi algo inestimável para a consolidação
dessa atividade que cresceu de maneira vigorosa a partir de sua chegada a
Piracicaba. Suas reflexões, seus ensinamentos e a música acompanhada ao vilão foram
motivos para a presença crescente e constante de grande número delas.
Não pode se esquecido, o seu entusiasmo durante o
restauro do templo, fruto de sua preocupação com a preservação do patrimônio
histórico. Em contrapartida, foi igualmente relevante sua atuação ao enfrentar
o desafio de conseguir a anulação do tombamento de imóveis da Igreja, que havia sido feito sem critérios técnicos e
históricos e que estava prejudicando a nossa Igreja. São fatos que merecem
registro.
Outra marca que fica nessa comunidade é a realização
do “Templo de Portas Abertas”, durante a semana santa, nas manhãs, em jejum,
seguida de um lauto café da manhã. A participação do pastor Paulo nas visitas
da Sociedade de Mulheres ao Lar Betel, pregando, orando, cantando, conversando
e brincando com os idosos, ali moradores, não será esquecida. E ainda a sua
presença nas festas, saraus e, destaque especial, aos “almoços e jantares da
travessinha”.
Também o cuidado com a circulação regular do boletim,
o capricho na liturgia, com destaque para os batizados de crianças são dignos
de nota. A acolhida dada a atividades
musicais, nos cultos, com a presença de orquestras e corais de excelente nível,
reveladora de sua preocupação com o desenvolvimento cultural de seu aprisco, chamou
a atenção até mesmo da cidade.
O uso de moderna tecnologia em nossos cultos, a criação
do "grupo de oração online", a exposição de seu blog, os registros
fotográficos em profusão (frutos dos cuidados iconográficos de um historiador)
são outras ações a serem referidas. O uso do “power-point” tornou mais
interessante, mais atrativa, mais inteligível, mais moderna a apresentação,
pelo pastor Paulo, dos seus sermões inspiradores e bem cuidados, projetados em
cores, sempre didáticos, com “o texto e o contexto, a mensagem e as aplicações
pastorais”. De graça e de carona, tivemos também aulas de homilética (que pode
ser entendida como a arte de pregar sermões), sem dúvida resquício de sua forte
vocação acadêmica e docente. (Quando pensava nos recursos da informática,
ocorreu-me uma idéia sugestiva: não seria o caso de tê-lo como “pastor
virtual”?)
São muitas as marcas; não há tempo para registrar
todas, mas não podemos deixar sem menção os seus bordões famosos: “seja o
primeiro ato de nosso culto”; “saímos de nossas casas, viemos a este templo,
para cultuar a Deus”; e no final dos mesmos, “a congregação pode se assentar,
fazer sua oração pessoal e ouvir o prelúdio; eu estarei à porta para
cumprimentá-los”. E ainda o indefectível: “amém e amém”. Deixarão saudades!
Indubitavelmente,
sua consagração, seu amor ao Evangelho e ao seu rebanho, seu apego à
preservação de valores wesleyanos, sua liderança, sua solidariedade, sua amizade,
seu cuidado e zelo para conosco, sua alegria, seu sorriso, seu entusiasmo, seu
bom humor, sua disposição, seus abraços, seu carinho para com as crianças e os
jovens, suas orações, seus aconselhamentos, sua presença em momentos de dor e
sofrimento bem como em situações de crise, suas palavras de consolo e tantas
outras virtudes deixarão marcas indeléveis. Felizmente,
vocês continuarão bem perto. Mas a saudade, que se
instala em nósjá está apertando nossos
corações. Desejamos-lhe, Valéria e Beatriz, as mais copiosas e ricas bênçãos
para suas vidas. E ao senhor, Rev. Paulo, também auguramos bênçãos para sua
vida ministerial. Que, como servo fiel, o senhor continuesob a proteção divina, inspirado pelo Espírito Santo
e guiado pela sabedoria que vem de Deus, na caminhada da inefável Missão.
Somos gratíssimos a Deus pela vida de vocês e por Ele
nos ter mandado para a nossa Igreja, deixando-os conosco durante oito anos, que
passaram tão depressa. Queremos que nos visitem sempre que puderem. Aqui serão
sempre recebidos de braços abertos e corações alegres. Fica a saudade, mas é bom dizer, a presença
da saudade só e possível onde antes houve amor. Ciclos costumar voltar, vamos
torcer para que isso aconteça. Contem com nosso amor e com nossas orações.
(Cultos
matutino e vespertino de 18/12/2011 – Catedral Metodista de Piracicaba –
Gustavo Jacques Dias Alvim)
Albert Willard Ream, missionário metodista, foi professor, escritor, compositor, autor de
várias obras relacionadas à música na Igreja.
Nasceu em Cleveland, Ohio, EUA, em 12 de julho de 1913. Chegou ao Brasil em 1937 e trabalhou na
Igreja Metodista do Brasil em Juiz de Fora, MG, em Piracicaba, SP como Regente
do Coro, na igreja Metodista Central em São Paulo e criou a Escola de Música
Sacra no Colégio Bennett no Rio de Janeiro.
Também em Buenos Aires, Argentina, onde permaneceu por três anos,
estabeleceu uma escola de
música sacra na Facultad de Teologia. Em seu retorno aos EUA em 1957, passou a
ensinar na Florida Southern
College ‑ FSC, onde formou um coro de sinos manuais que viajava por todo Estado
de Flórida para representar a FSC.
Faleceu em 22 de abril de 1996.
Segundo Sandra Ream, filha de
Albert W. Ream, depois de completar os estudos fundamentais, Ream estudou
música no...
Tenho participado de algumas reuniões com o
maestro Umberto Cantoni e presenciado seu entusiasmo na preparação da Cantata “O
Esperado das Nações”. Como tenho acompanhado ele e sua esposa, Vera Quintanilha
Cantoni, nos últimos anos não tenho medo em afirmar que este trabalho o
empolgou tanto que ele rejuvenesceu. Como tem sido bom vê-lo revigorado,
vibrante e animado. Este homem respira música. Aproveito o ensejo para
partilhar uma breve biografia deste irmão amado, a quem tenho pastoreado com
carinho. Maestro Cantoni tem uma linda história de dedicação e compromisso com
a música sacra. Veja sua história...
BREVE BIOGRAFIA
Mário Cantoni, jovemdescendente de italianos, instrumentista e amante
de música, passando emfrente à IgrejaMetodista de Franca,
SP, ouviu vozes cantando comalegria e entusiasmo lindas melodiasque tocaram seucoração.Comovido, entrou na igreja,
converteu-se e trouxe toda a suafamília.Algunsanosdepois,
o Coro da IgrejaMetodistaCentral
de São Paulo veio
a Francacantar
na igreja.Durante
os cânticos do Coroumadolescente
de treze anos, estudante,
filho de Mário, observava tudocom a maioratenção:
A Cantata “O Esperado das Nações” é composição de
Albert Willard Ream em 1943 com letra de Isaac Nicolau Salum. A primeira
audição dessa Cantata aconteceu em 19 de dezembro de 1943, na Igreja Metodista
Central em São Paulo, SP.
“O Esperado das Nações” também faz parte do
repertório do Coral Evangélico de São Paulo que, em 1958, a apresentou com
regência do Maestro Umberto Cantoni.
Esta cantata reveste-se de grande significado
para o povo metodista em Piracicaba, pois o Maestro, missionário metodista e professor
Albert Willard Ream juntamente com sua esposa, Ethel Dawsey Ream, foram
regentes do Coral Rev. James William Koger em 1938-39.
O Metodismo em Piracicaba
completou 130 anos de vida e missão em 2011. Como parte das comemorações de
aniversário, preparou uma CANTATA DE NATAL ESPECIAL - "O Esperado das
Nações" de Albert Willard Ream. O coro foi composto por músicos de vários
corais, que uniram-se ao Coral da Catedral Metodista de Piracicaba, Rev. James
Willian Koger, que completa 115 anos atinge um total de 63 vozes.
Você terá a oportunidade de
assistir ao vivo esta maravilhosa cantata de natal em duas oportunidades:
sábado (10/12) às 20h na Escola de Música de Piracicaba Ernst Mahle ou domingo
(11/12) às 19h na Catedral Metodista de Piracicaba. Ou pela internet, no
domingo (11/12) às 19h no seguinte endereço eletrônico: http://www.multiemidia.com.br/cantata
Compartilho aqui uma breve
reportagem sobre a Associação Metodista de Ação Social (AMAS - Piracicaba) que
dentre outras ações é mantenedora da Creche “Marshléa Dawsey”. Nossa creche
conta com uma equipe especializada para atender as 96 crianças que nos foram
confiadas por suas famílias. A Diretoria tem se empenhado para realizar a
gestão da entidade, o que não tem sido fácil diante dos grandes desafios
financeiros. A matéria que você irá assistir está sendo veiculada através do
jornal oficial da TV Metal no site do Sindicato
dos Metalúrgicos de Piracicaba - http://www.stmp.org.br,
como também transmitidos na Piracicaba TV - Canal 5 e Rede Opinião - Canal 49.
Como Igreja Metodista em Piracicaba temos procurado auxiliar as famílias menos
favorecidas através desta ação social. Uma ação social responsável e muito
respeitada pelos órgãos gestores da assistência social do município. ASSISTA O
VÍDEO.
De 23 à 27 de novembro de 2011 em Piracicaba-SP, aconteceu o 40º Concílio da Quinta Região Eclesiástica. Momentos especiais de celebrações, avaliações, planejamentos, eleições e decisões. Que Deus continue nos abençoando como Igreja Metodista na Quinta Região Eclesiástica.
Uma breve reflexão sobre como se relacionar com a BÍBLIA SAGRADA. Mais do que conhecê-la, precisamos colocá-la em prática. Ilustro o sermão com uma dinâmica especial, vale a pena dar uma olhada.
Ontem, 20 de novembro de 2011, DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA, aproveitei o momento de confissão do culto vespertino da Catedral Metodista de Piracicaba para refletir sobre o tema.
Rev. Paulo Dias Nogueira em um de seus personagens
No feriado prolongado de 12 à 15
de novembro aconteceu na UNIMEP – Piracicaba, o VI Grande Encontro de Jovens e
Juvenis da 5ª Região Eclesiástica da Igreja Metodista. Fui convidado para
dirigir uma oficina intitulada “PÁGINAS DA VIDA”, com o objetivo de refletir
sobre as várias fases da vida humana, portanto, o processo de envelhecimento. Dialogamos
sobre o ciclo da vida... nascimento à morte... infância à velhice... começo ao
fim.
Não falei sobre a VELHICE, mas sim sobre o processo de ENVELHECIMENTO. É importante esclarecer que ENVELHECIMENTO é
diferente de VELHICE. Desde que o espermatozoide encontrou o óvulo, formando o
ZIGOTO, iniciou-se a vida e começou o processo de envelhecimento. Envelhecer é
um processo natural, universal, contínuo e irreversível, inerente a todos os
seres humanos. Só não fica velho quem morre cedo.
Foi uma oficina muito
divertida e participativa. Usei várias perucas, máscaras, óculos, personagens...
para falar das várias fases da vida. Respeitar cada etapa/fase é de fundamental
importância. Por isso, devemos olhar pelo retrovisor (passado), bem como, pelo
para-brisas (futuro) e respeitar os vários momentos que a vida nos oferece.
Foram três grupos que passaram pela oficina "PÁGINAS DA VIDA",
ajudando a construir uma maior e melhor compreensão do tema.
Louvo a Deus pelos
grupos, desejando que cada “oficineiro” seja um multiplicador dos valores que construímos
juntos no processo de ensino aprendizagem de nossa oficina. Que cada página de
nossas vidas seja escrita com autenticidade e responsabilidade. Que ao lermos
as páginas que estão sendo escritas por outras pessoas, possamos respeitá-las
também.
Tenho servido a Igreja Metodista
em várias frentes de trabalho... local, distrital, regional e nacional. Ontem,
com muita alegria fui empossado para exercer meu segundo mandato de 4 anos como
presidente do Conselho Diretor da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista
(FATEO). Sou filho desta casa e tem sido muito prazeroso trabalhar junto a ela
neste momento.
Desejo que Deus nos abençoe neste pleito assim como nos abençoou
no primeiro.
CONSELHO DIRETOR EMPOSSADO – 2011-2015
Rev. Paulo Dias Nogueira (5ª Região Eclesiástica)- Presidente
Profa. Lia Eunice Hack da Rosa (2ª Região Eclesiástica) – Vice-Presidente
Revda. Claudia Nascimento (3ª Região Eclesiástica)
Revda. Rute Kato (1ª Região Eclesiástica )
Rev. Wesley Gonçalves dos Santos (4ª Região Eclesiástica)
Rev. Edson Cortazio Sardinha (1ª Região Eclesiástica) - (suplente)
Dia 31 de outubro próximo passado
celebramos um culto especial em Piracicaba alusivo aos 494 anos da REFORMA
PROTESTANTE. Reunimo-nos no Salão Nobre do Colégio Piracicabano várias igrejas
protestantes da cidade para a realização deste culto. Contamos com a
participação de um grande coral formado especialmente para esta ocasião, tendo
o Coral Evangélico de Piracicaba como base. O pregador da noite foi o Rev. Dr.
José Clóvis A. Falcão – Pastor Presbiteriano. ASSISTA O CULTO ATRAVÉS DOS
VÍDEOS ABAIXO:
Sermão que preguei domingo, 30.10.2011, no culto matutino da Catedral Metodista de Piracicaba. Compartilho no desejo de que seja benção na vida dos que ouvirem.
Vejam só o que a pequenina Sophia
Cardoso, minha ovelhinha fez espontaneamente esta semana na escola. Isto é
motivo de júbilo e alegria. LOUVADO SEJA O NOME DO SENHOR! Parabéns aos pais,
também ovelhas do rebanho, pelo empenho. Que Deus os abençoe nesta importante
tarefa.
Se perguntarmos a uma pessoa que
frequenta nossas igrejas se ela é cristã, crente, protestante ou evangélica,
ela ficará momentaneamente confusa. Na
tentativa de responder, algumas enfatizarão diferenças entre os termos, outras
dirão que se trata da mesma coisa, porém há muita confusão.
Segundo o Prof. Dr. Mendonça, que
foi um exímio pesquisador do protestantismo e especificamente do protestantismo
brasileiro, enquanto na Europa e nos Estados Unidos os cristãos católicos e
não-católicos se auto-identificam como cristãos, sendo secundária a
identificação pelo ramo a que pertencem, no Brasil, assim como em toda a
América Latina, a auto identificação protestante e denominacional tem sido fundamental . Este fato tem uma história.
Como julgo este tema interessante
e curioso, compartilho neste breve artigo sobre quais circunstâncias surgiram
os termos e seus significados naquele momento.
CRISTÃO: Esta expressão já é
citada na Bíblia (At 11.26; 26.28; 1Pe 4.16). Segundo alguns estudiosos do Novo
Testamento este termo já era usado desde 44 d.C. quando ocorreu os eventos
narrados no texto de At 11.26. Outro texto que demonstra a utilização do termo
no 1séc é At 26.28, quando , o Rei Herodes Agripa II, a maior autoridade do
local, disse a Paulo: "Por pouco me persuades a me fazer cristão." —
At 26:28. Portanto, desde Antioquia da Síria (44 d.C.) aqueles que seguem a
Cristo podem ser chamados de cristãos.
PROTESTANTE: Este termo vem do
alemão e significa declaração pública de protesto, foi utilizado pelos
príncipes luteranos contra a decisão da Dieta de Speyer de 1529, que reafirmou
o Édito de Worms de 1521, banindo as 95 teses de Lutero. Ele não foi aplicado
aos reformadores propriamente ditos, mas ao movimento que foi crescendo e
protestando contra a Igreja oficial. Este termo foi ganhando um forte acento
pejorativo e preconceituoso por parte do catolicismo.
EVANGÉLICO: Termo cunhado pelo
movimento evangelical. Este movimento surgiu no início do século XIX na Europa
e depois se expandiu para os Estados Unidos. Ele foi uma reação frente
expansionismo ultramontanista católico. Diante dessa força católica os protestantes
se uniram através de ligas e alianças no propósito de fortalecer alguns
princípios doutrinários comuns que os ajudasse a combater esse movimento.
Pode-se chamar de uma “frente unida” evangélica. A auto-identificação de
“evangélico” era individual e significava o compromisso da pessoa com esse
conjunto de princípios doutrinários. Antes do indivíduo pertencer a uma
denominação, ele era “evangélico”.
CRENTE: Diferentemente do que
muitos possam imaginar que esta expressão signifique aquele que crê, no
contexto do protestantismo brasileiro ela tem um significado sectarista e
preconceituoso. Foi introduzida pelos
missionários norte-americanos (protestantismo de missão) que para identificar
as pessoas que iam aderindo às suas denominações, diziam este agora é
verdadeiramente crente. Ou seja, era aquele que, abandonando suas antigas
crenças e práticas religiosas (catolicismo), “convertiam-se” verdadeiramente às
novas doutrinas.
Ainda que estes termos tenham
seus significados específicos e um momento histórico definido, parece haver uma
interpretação que movimenta o interior de nossas comunidades e alimenta o senso
comum. Atrevo-me a dizer que muitos definem assim as expressões:
CRISTÃOS:
CONCEITO – os que
seguem a Cristo.
PROTESTANTE:
CONCEITO - São as igrejas
mais históricas (antigas);
PRECONCEITO – São aqueles que protestam contra Deus.
EVANGÉLICO:
CONCEITO – Aqueles
que seguem o evangelho;
PRECONCEITO – São os crentes da classe média.
CRENTE:
CONCEITO – Aqueles que
crêem;
PRECONCEITO – Evangélicos pobres.
Os termos precisam ser entendidos
a partir de seu contexto (sitz in leben) e valorizado. Por isso, a pessoa
pode-se se considerar um cristão, protestante, evangélico, crente e (metodista,
presbiteriano, assembleiano, etc). A pessoa trás em si a tradição de muitos
movimentos. Portanto, se bem entendidos e utilizados, estes conceitos muito
podem nos ajudar. Espero ter ajudado um pouco.
Aproveitando o ensejo, pois vamos celebrar na próxima segunda-feira (31) os 494 anos da Reforma Protestante escrevi um breve artigo sobre o tema em epígrafe: Protestantismo Brasileiro: Protestantismo ou Protestantismos?
Diferentemente da tradição
católica, que apesar de sua diversidade conseguiu manter uma certa unidade
institucional, o protestantismo que surgiu da Reforma do século XVI gerou
várias tradições e instituições. Portanto, o correto é falar-se
“protestantismos”, e não “protestantismo”.
Ao abordar o “protestantismo
brasileiro”, nos deparamos com uma questão mais complexa ainda, pois
verifica-se a implantação de várias tradições e instituições, em momentos
históricos diferentes.
Primeiramente pode-se destacar
duas tentativas fracassadas de inserção do protestantismo no território
brasileiro: os franceses (1555 a 1560) no Rio de Janeiro e os holandeses (1630
a 1654) no nordeste.
Somente no início do século XIX a
tradição protestante inseriu-se de forma definitiva no Brasil. Segundo
Mendonça, pode-se falar de protestantismo de imigração, protestantismo de
missão e pentecostalismo/neopentecostalismo.
Protestantismo de Imigração: Em
decorrência da abertura dos portos brasileiros aos países amigos de Portugal
(1808) e do incentivo do governo à imigração européia, chegaram ao Brasil luteranos,
anglicanos e episcopais. Com o tratado de comércio e navegação firmado entre
Portugal e Inglaterra (1810) concedeu-se aos ingleses a liberdade de culto e
tolerância religiosa a outros grupos não-católicos residentes no Brasil. Este é
o início do culto protestante no Brasil. Estas tradições protestantes não
influenciaram e nem promoveram impactos na sociedade brasileira, pois seu
objetivo era unicamente dar continuidade à tradição denominacional, sem fins
missionários.
Protestantismo de Missão: Somente
após 1850, com a chegada de missionários protestantes advindos da América do
Norte com o objetivo de implantar suas missões, que o protestantismo causou um
certo impacto na sociedade brasileira. É neste momento que instalam-se no
Brasil as igrejas: Congregacional, Presbiteriana, Metodista, Batista e
Episcopal. Segundo Mendonça este movimento deve ser chamado de Protestantismo
de Missão. Não reconhecendo o trabalho missionário promovido pelo catolicismo,
estas denominações chegaram ao Brasil com um objetivo claro de pregar a fé
protestante/evangélica.
Pentecostalismo e
Neopentecostalismo: É possível dividir o movimento pentecostal e neopentecostal
brasileiro em pelo menos três grupos diferentes: (a) Décadas 1910-1940: chegada
simultânea da Congregação Cristã no Brasil e da Assembléia de Deus, que dominam
o campo por 40 anos; (b) Décadas 1950-1960: campo pentecostal se fragmenta,
surgem novos grupos – Evangelho Quadrangular, Brasil Para Cristo e Deus é Amor;
(c) Anos 70 e 80: neopentecostalismo – Igreja Universal do Reino de Deus,
Igreja Internacional da Graça de Deus e muitos outros movimentos.
Como vimos, é impossível falar de
“protestantismo” brasileiro. O correto é afirmar que existem varias tradições
protestantes no Brasil. Portanto, faz se necessário que ao estudar o tema,
leve-se em conta qual das tradições protestantes será abordada.
Dia 31 de outubro em diversas partes do mundo haverá duas celebrações bem diferentes entre si: Halloween e Reforma Protestante. Gostaria de aproveitar para fazer uma breve reflexão sobre estas duas elebrações, por duas razões que julgo muito importante.
A 1ª razão é o esquecimento ou completo desconhecimento por parte de muitos cristãos do que significou a Reforma Protestante e a 2ª razão é o aumento cada vez mais notório das celebrações vinculadas ao Halloween em nosso país.
HALLOWEEN: A celebração mais antiga do Halloween teve lugar entre os Celtas, que viveram a mais de dois mil anos na região onde hoje se encontram a Inglaterra, Irlanda, Escócia e noroeste da França. Os sacerdotes Celtas, chamados druidas, costumavam honrar Samhain, deus dos mortos, ao entardecer do dia 31 de outubro e no dia 1º de novembro. De acordo com a lenda Celta, Samhain controlava os espíritos dos mortos e tinha poder tanto para permitir que eles descansassem em paz como para fazê-los aterrorizar os vivos durante aquela noite.
No século XIX, imigrantes irlandeses levaram esta tradição para a América do Norte, onde ela gradualmente se tornou uma celebração nacional. Dentre alguns símbolos usados nesta tradição destaco o da abóbora recortada em forma de "careta", lenda que conta a história de um homem (Jack) a quem foi negada a entrada no céu, por sua maldade, e no inferno, por pregar peças no diabo. Condenado a perambular pela terra como espírito até o dia do juízo final, Jack colocou uma brasa brilhante num grande nabo oco, para iluminar-lhe o caminho através da noite. Este talismã (nabo que virou abóbora) simbolizava uma alma condenada.
Outros símbolos utilizados eram do gato preto (pessoas transformadas por magias), lua cheia (época de praticar rituais de ocultismo), morcego (por sua habilidade de perseguir sua presa no escuro, adquiriu a reputação de possuir forças ocultas), etc. Estes são alguns símbolos desta antiga lenda Celta que são utilizados até hoje nos festejos do Halloween.
REFORMA PROTESTANTE: Movimento religioso iniciado por um monge agostiniano chamado Martinho Lutero. Sua vida religiosa poderia ter sido igual à de tantos outros, não tivesse sido profundamente marcada pela leitura da Bíblia. O resultado disso é que em 1511, em visita à Roma, começou a achar que nada do que a Igreja e a tradição religiosa ofereciam como caminho para Deus era eficaz. As relíquias veneradas, os lugares sagrados ou as indulgências para diminuir a pena do purgatório pareceram-lhe tentativas fracassadas de alcançar paz interior e comunhão com Deus. Seus estudos da Bíblia tornaram-se uma obsessão em busca de respostas.
Foi então que encontrou a passagem de Romanos que incendiou sua alma: "O justo viverá pela fé". A distância entre a realidade da Igreja e os princípios bíblicos que descobrira revoltou-o a tal ponto que resolveu protestar publicamente contra os rumos que Roma vinha imprimindo à fé cristã. Em 31 de outubro de 1517, fixou 95 teses contra as indulgências na porta da igreja onde pastoreava (Witenberg). Suas teses foram rapidamente divulgadas por toda a Alemanha. Nelas, ele afirmava a nulidade das indulgências para perdoar pecados e livrar almas da condenação, contestava o poder da Igreja como mediadora entre os fiéis e Deus e assegurava que todo fiel arrependido era remido de seus pecados através da fé em Cristo. Este foi o início da Reforma Protestante.
O legado deixado por Lutero, de retorno às Escrituras, move as igrejas de tradição protestante até hoje. Portanto, diante do exposto, convido-os a refletir: Qual a celebração que deve ser lembrada por um cristão de tradição protestante? Ou, de forma mais específica, qual delas deve ser lembrada, por nós metodistas, por se aproximar de nossa teologia? A que trás elementos da cultura e lendas celtas ou a que lembra a ação de Deus na história levantando um homem para reformar a igreja?
Pense nisso, e ajude a esclarecer a importância da Reforma para o cristianismo.
Ontem no Culto Matutino da Catedral Metodista de Piracicaba realizamos uma celebração especial de ação de graças. Aproveitando a visita do Dr. Ken Yamada, Assistente Especial da
Secretaria Geral da Junta de Educação e responsável pelo Fundo Global de
Educação Metodista para Desenvolvimento de Liderança, ao Brasil, especialmente à Piracicaba, o COGEIME solicitou à nossa igreja local que permitisse homenagearem o ilustre visitante no momento do culto. O Rev. Luis de Souza Cardoso, Secretário Executivo do COGEIME e também um dos pastores da Catedral, preparou toda a liturgia. Foi um momento de grande enlevo espiritual. Apresento abaixo as palavras do Rev. Luis sobre o motivo desta celebração:
"O COGEIME presta uma
homenagem especial de gratidão e ações de graças pela vida e ministério
educacional do Dr. Ken Yamada, cuja ação se estende por mais de três décadas em
dezenas de países de todos os continentes, por meio de suas funções na Junta de
Educação Superior e Ministério. No final deste mês o Dr. Yamada estará deixando
as suas atividades na Junta de Educação, para gozar de uma merecida
aposentadoria, depois desse longo tempo de profunda dedicação, compromisso e
dedicação com a educação metodista no mundo todo. Seu testemunho é de fato
marcante e deixa uma contribuição e legado histórico de incomensurável
significado."
Por convite do COGEIME o Prof. Dr. Almir de Souza Maia, que
presidiu o COGEIME por vários anos , e atuou como diretor geral do Instituto
Educacional Piracicabano e reitor da UNIMEP, bem como acompanhou o ministério
do Dr. Ken por 32 anos, dirigiu uma palavra especial de gratidão e homenagem.
Logo após, o Prof. Dr. Marcio de Moraes, Diretor Superintendente do
COGEIME, Diretor Geral do Instituto Metodista de Ensino Superior (IMS) e
Reitor da Universidade Metodista de São Paulo UMESP (UMESP), bem como integrante
da Junta Diretiva da Associação
Internacional de Escolas Metodista, Faculdades e Universidades Metodistas
(IAMSCU) dirigiu algumas palavras e presenteou o homenageado. Assista o vídeo abaixo:
PALAVRA DO PROF. DR. ALMIR NA ÍNTEGRA... LEIA ABAIXO
Neste
momento de celebração e ação de graças pela vida do Dr. Ken Yamada, agradeço ao
COGEIME pelo convite que me fez para resgatar sua participação e contribuição à
área educacional metodista em nosso país.
Tenho consciência de não realizá-la plenamente, mas aceitei com satisfação
a tarefa que me foi confiada pelo COGEIME.
Conheço Ken Yamada há cerca de trinta anos e neste período temos
compartilhado sonhos e desafios na comunidade metodista, especialmente na área
educacional. Somos irmãos de caminhada, de fé e missão. (CLIQUE ABAIXO E CONTINUE A LEITURA)