Quarta-feira passada eu estava
passeando com minha filha no Shopping em Indaiatuba (SP) e perguntei para ela
se não iria tirar foto com o Papai Noel, assim como faziamos em anos
anteriores. Ela que está com 9 anos de idade, fez uma carinha de soberba e me
disse: Papai Noel não existe. Aí eu disse: Mas já existiu. Ela exclamou:
verdade! Eu disse: verdade. Vou contar a história para você. Ela ficou atenta a
todos os detalhes da história. No final ela disse: Que legal essa história
papai.
Este fato me levou a refletir um
pouco mais sobre a lenda do Papai Noel e quero dividir aqui com você. Vou
apresentar numa linguagem adulta, mas quando contei para a minha filha dei a
entonação de história infantil.
Mesmo sabendo que a verdadeira
história do natal é o nascimento de Jesus Cristo, aproveitei-me dessa lenda tão
explorada pela mídia para alegrar minha filha. Aliás, há uma distorção muito
grande com relação à figura do "bom velhinho" promovida pela cultura
de consumo. A origem dessa história é muito bonita, pois trata-se do testemunho
de um cristão generoso que costumava ajudar ao próximo.
Segundo os estudiosos a figura
do Papai Noel foi inspirada no Bispo Nicolau (280 d. C.) da Turquia. Ele era um
homem de bom coração que costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos
com moedas próximas às chaminés das casas. Foi na Alemanha que associaram sua
figura ao Natal. Depois a ideia espalhou-se por todo o mundo. Nos Estados
Unidos passou a ser chamado de Santa Claus e no Brasil de Papai Noel.
Até o final do século XIX, o
Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde
escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o
bom velhinho. A roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto, criada por
Nast foi apresentada na revista Harper’s Weeklys neste mesmo ano. Em 1931, uma
campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o mesmo figurino
criado por Nast, que também eram as cores do refrigerante. A campanha
publicitária fez um grande sucesso, ajudando a espalhar a nova imagem do Papai
Noel pelo mundo.
Segundo a lenda ele mora no Polo
Norte e, com seu trenó, puxado por renas, visita todas as casas durante as
festas natalinas trazendo presentes. Mais do que demonizar esta lenda, podemos
ir à sua raiz. Falar sobre a solidariedade e generosidade do bom velhinho. Na
realidade, um líder da igreja que cheio da graça de Deus auxiliava as famílias
mais necessitadas. Apesar da beleza da roupa vermelha, do cinto preto e do
trenó puxado por renas, precisamos humanizar um pouco mais a figura do bom
velhinho, lembrando que ele era um bispo dedicado à igreja de Cristo.
Portanto neste natal, não perca a
oportunidade de ensinar sobre o nascimento de Jesus, o Salvador do mundo. Se
nossas crianças te perguntar sobre o Papai Noel, conte histórias ligadas à
solidariedade e generosidade, baseada no exemplo do Bispo Nicolau, um
verdadeiro bom velhinho... um homem que verdadeiramente existiu.
Meu desejo é que tenhamos uma
postura de equilíbrio. Não devemos demonizar a ideia de Papai Noel, bem como
também, enaltecê-la esquecendo-se da verdadeira história do Natal, o nascimento
de Jesus.
Como pai, tenho ensinado a
história de Jesus para minha filhinha. Porém, não quero privá-la de algumas
fábulas próprias da infância. Por isso, procurarei auxiliá-la da melhor forma
possível em sua compreensão da mesma.
Desejo a todos um Feliz Natal!