terça-feira, 18 de junho de 2013

Lembranças da minha infância - década de 70 (brincadeiras e calçados)

Vivi minha infância e adolescência nas décadas de 70 e 80. Foi um tempo maravilhoso e que vale a pena relembrar. Como afirma o poeta: “Recordar é viver”. Minha mãe gostava de fotografar (ou seja, "tirar retrato" como falávamos naquela época). Olhando algumas fotos antigas pude lembrar de alguns episódios. Tive a ideia de escrever alguns fragmentos de minha infância. Neste texto trago à memória os calçados que usei e as brincadeiras que mais gostava. Se você nasceu na década de 70 vai se identificar com algumas afirmações.

CALÇADOS:

Sandália de couro
Bota ortopédica
BOTINHA ORTOPÉDICA E SANDALINHA DE COURO: Hoje temos uma variedade de sapatos e sandálias infantis, mas naquela época não tínhamos muitas opções. Usei a sandália, mas quando foi identificado que eu pisava torto, passei a usar a botinha. Isto foi até os seis anos. 




Kichute
Conga - azul
Depois disso foi a era do CONGA, BAMBA E KICHUTE: Para a escola era Conga ou Bamba. Na hora da aula deveriam ser coloridos (azul ou vermelho) e para a Educação Física deveriam ser brancos.Quem estava acostumado com Conga e ganhava um Bamba, experimentava um "upgrade". 


Kichute - jogar bola
Mas os meninos desejavam mesmo era um Kichute. Usávamos para passear, ir à escola e jogar futebol. O cadarço era muito grande por isso amarrávamos na canela para passear e dando voltas por debaixo dele para jogar bola. Acho que era o tênis que mais dava chulé... eita fedor.




All Star - aos 15 anos
No fim da minha adolescência foi a época o ALL STAR. Como eu já estava trabalhando então pude comprar um de cada cor. Outros dois tênis que eram muito cobiçados na época foi o RAINHA DE COURO PRETO, para jogar futebol de salão e o RAINHA (vôlei) que era oficial da seleção brasileira de vôlei.

BRINCADEIRAS

PIÃO: Brinquei bastante de pião. Fazíamos um circulo no chão onde eram depositados os piões de aposta. Com o pião que jogávamos, tínhamos que tirar os outros do círculo e ele quando parasse não podia ficar no círculo. Eu jogava relativamente bem. Nós coloríamos os piões com esmalte de unha... claro que as mães ficavam bravas... hehehe.

BOLINHA DE GUDE: Eu gostava de jogar triângulo. O princípio era o mesmo do pião. As bolinhas eram depositadas no centro do círculo e deviam ser tiradas com a bolinha que jogávamos. A bolinha de jogar não podia ficar no triangulo. Eu era um péssimo jogador de bolinhas.


PIPAS: Fiz muitos pipas na minha infância. Alguns foram para empinar e outros para vender. Em tempos difíceis em que era difícil para meus pais comprarem cola (tenaz), colei os pipas com arroz cozido (papa) ou mingau de maisena. Os papéis de seda eram de uma só cor por isso se quisesse fazer colorido, tinha de recortar e colar. A brincadeira que mais curti na minha infância foi essa: empinar papagaio/pipa.

QUEIMADA: Lembro-me que era comum brincarmos de queimada nas ruas e na quadra da escola. O jogo era misto... meninos e meninas. Foram tempos muito divertidos. Como era legal dar uma bolada em alguém... hehehe.

MÃE DA RUA: Fazíamos as marcas na rua e os participantes tinham de atravessar de um lado para o outro, mas não podia ser pego pela “mãe da rua”. A mão da rua sempre inventava algo para dificultar a travessia dos outros. Por exemplo: atravessar pulando com um só pé.


BATER FIGURINHAS: Alguns chamavam esta brincadeira de bafinho. Apostávamos um quantidade de figurinhas e depois batíamos encima delas com a palma da mão, provocando um certo vento para vira-las. As que iam sendo viradas era da pessoa.

VELOTROL: Lembro-me do meu velotrol. Como era gostoso brincar com ele. Existiam vários tamanhos. O meu era médio e eu me diverti muito.

VELOCIPEDES: Na minha infância os velocípedes eram de lata e não de plástico como hoje. Lembro-me de ter o meu. 
JIPINHO: Tive um jipinho verde que curti ao máximo. Sentia-me dirigindo um carro de verdade. CAMINHÃOZINHO: Eu adorava meu caminhão gigante. Eu e meus primos brincávamos de um sentar na caçamba e o outro empurrar.

BICICLETA: Minha primeira bicicleta foi esta verdinha da fotografia acima. Quando cresci um pouco, pedi outra. Na época a Caloi tinha um "reclame" (propaganda) na televisão, onde o filho colocava vários bilhetes onde o pai iria ver com o seguinte texto: "Pai não se esqueça da minha caloi". Eu fiz isso e no natal daquele ano eu ganhei minha bicicleta vermelha... da caloi.

IÔ-IÔ: Quando saiu o iô-iô da coca-cola eu fiquei até doente para ter um. O pior foi que meu pai foi na rua 25 de março em São Paulo e comprou um fajuto. Eu fiquei pior ainda. Meu sonho era um deste aí do lado.

CARRINHO DE ROLIMÃ: Tive um carrinho de rolimã muito bonito. Ele era pintado a óleo. Foi um presente dos meus primos Odair e Gordão. Brinquei muito com ele. Houve um tempo em que eu era mais velho um pouco (10 anos mais ou menos) e tentei construir outros carrinhos. Ficaram horríveis.


sexta-feira, 14 de junho de 2013

Mais que ORATÓRIA vamos exercitar ESCUTATÓRIA

Deus nos criou com dois ouvidos e uma só boca, mesmo assim teimamos em falar mais do que ouvir.

Gosto muito de um texto de Rubem Alves intitulado ESCUTATÓRIA. Nele, o autor nos chama a atenção para o fato de que estamos tão ansiosos por falar que nem mesmo prestamos a atenção no que outro está dizendo.

Nosso desejo de falar é tanto que existe até curso para nos ajudar nesta arte: ORATÓRIA. O problema é que não existe um curso para nos ajudar a escutar, daí o vocábulo “escutatória”. Rubem Alves toca num tema extremamente instigante: o diálogo.

Vivemos numa sociedade onde parece reinar o monólogo. Mesmo quando tentam interagir, muitas pessoas apresentam seus discursos sem levar em conta o que o outro lhe disse. Não prestamos atenção no que o outro tem a dizer, porque estamos preocupados em elaborar nossa próxima fala. É a apresentação de monólogos de duas ou mais pessoas num mesmo local.

Parece que este estado pernicioso tende a se agravar quando nos propomos a conversar com alguém que necessita desabafar... colocar para fora suas dores. Por estarmos interessados em dar conselhos... receitas prontas, não levamos em conta o processo terapêutico da catarse. Achamos que nossa visão do assunto vai ajudar a pessoa. Uma ação de fora para dentro.

Lembro-me da expressão de Jó ao querer ser ouvido, mais que ensinado. Ele apresentou sua defesa frente às acusações (receitas) de seus “amigos”. Ele disse: “Ah! quem me dera um que me ouvisse” (Jó 31:35).

Mesmo com toda a tecnologia da comunicação em mãos, ainda hoje não somos capazes que nos calar para ouvir o outro... principalmente o outro que sofre. Acredito que precisemos de seguir a ideia de Rubem Alves e realizar cursos de “escutatória”... ou seja, curso de capacitação para ouvir.


Enquanto não é possível realizar o curso, que tal realizar exercícios de escutatória. Disponha-se a ouvir mais e falar menos. Este exercício poderá beneficiar o outro, bem como a você. Eu quero iniciar meu exercício.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Homenagem ao Vô José Vitor da Silva - Descanse em paz!

O bisavô da Beatriz... vovô da Valéria... meu avô por adoção, faleceu nesta madrugada. Após um longo tempo de tratamento médico, com muitas idas e vindas ao hospital, ele descansou de sua luta terrena.

No mês de janeiro deste ano, ele dirigiu sua última folia de reis. Sua Companhia é a mais antiga de Poços de Caldas e sempre se apresentava nas grandes festas da cidade. Aos 89 anos de idade ele liderou sua companhia com destreza e coragem. Já fraco pela idade e sua enfermidade, mas convicto de sua missão.

Tive a oportunidade de vê-lo liderando sua companhia de reis, na chegada no dia 12 de janeiro deste ano. Apesar de ter algumas percepções religiosas diferentes da dele, admirei sua convicção e fé.

Como gosto muito de fotografar, tirei algumas fotos e depois de reveladas eu o presenteei na semana posterior à festa. Fiz dois quadros grandes para que pendurasse na parede. Ele ficou muito feliz e sempre que encontrávamos ele agradecia.


Faço uma homenagem ao vô, como eu o chamava, apresentando algumas fotos. Estamos de saída para Poços de Caldas para assim nos despedirmos dele e abraçarmos nossos queridos.


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