Este é o texto que a irmã Rinalva Cassiano Silva, compartilhou na reunião de Oração do dia 01.02.2011. Confira!
A AUTO-ESTIMA
Textos Bíblicos: Mateus 7.12; Mateus 5-7; João 10.10; Gênesis 1.31
Os textos citados no estudo nos ajudam a entender o problema da Auto-Estima que significa estima própria. Para Aurélio significa: valorização de si mesmo, amor próprio. Quando não se exerce essa auto-estima cria-se um problema que afeta boa parte da população e por isso encontramos tantas pessoas depressivas porque não sabendo lidar com a auto-estima acabam desenvolvendo uma baixa auto-estima. Não se valorizam e sentem-se inferiorizadas todo tempo.
O autor do texto sugere já no início uma análise do que encontramos, andando pelas ruas pessoas de cabeça baixa, semblantes tensos e tristes, andando preocupados e cheias de atividades como meio de superar as angustias.
Eu ousaria dizer que...
todos nós de uma forma ou de outra estamos nesse grupo e para não parecer buscamos no trabalho ou fora dele a compensação. Sem percebermos nos deparamos com um sentimento de inferioridade (baixa auto-estima).
Existem pessoas inconformadas com seu jeito de ser. Não gostam de seu físico, sentem-se inferiorizadas pela cor, pela falta de cultura maior, têm problemas com suas famílias. Essas e outras são situações que provocam baixa auto-estima. Estão de mal com a vida, e falta amor com sigo mesmas.
Lembro de uma assertiva de alguém que dizia: Diariamente ao levantar vá ao espelho e olhando o seu rosto repita: Eu me amo. Pode parecer egoísmo, mas funciona. Pois quem não ama a si mesmo com pode amar o próximo. Mateus 7.12 “O que quereis que os outros vos façam fazei vós a eles”.
Deus nos ama e Seu amor valoriza a nossa vida e pessoa. Deus respeita nossa identidade única com suas características. Certa vez fui ao médico cirurgião plástico para, por aconselhamento médico, diminuir o tamanho das mamas e ele me relatou diversas experiências que tivera com clientes que o procuravam para mudar o rosto, o perfil etc. Não esqueço que ele me disse que uma das clientes queria trocar de rosto e ficar com o rosto da XUXA. Ele riu e disse para ela: XUXA é XUXA e você é você. Não posso fazer esse milagre. Nossa identidade é única e intransferível.
O autor sabiamente trabalha a nossa “Imagem e Semelhança” divina e que perdemos com o pecado. E, aí é interessante, pois se cada um é uma pessoa única e, como podemos ter a “imagem e semelhança” divina. Esse é o grande milagre que Deus operou em nós que mesmo com identidade própria trazemos as marcas do Pai. Creio que podemos até dizer que, guardadas as proporções, todos nós herdamos características físicas de nossos pais.
O importante é lembrar que pela morte de Jesus Cristo foi restaurada em nós a “imagem e semelhança Divina”. O seu amor foi dispensado a todos e o que importa é a aceitação desse amor e reconhecimento da nossa dependência.
Em Mateus 5-7 no Sermão do Monte, de acordo com o autor da lição, Jesus nos apresenta valores, princípios e metas que nos guiarão à alegria, à segurança e ao sentido para nossas vidas.
Em João 10.10 Jesus se apresenta como o nosso pastor, ele afirma “que veio para dar vida e vida em abundância”. Vida em todos os sentidos, incluindo nossa auto-estima e auto-afirmação.
O grande problema nosso é que mesmo aceitando esse bom Pastor, muitas vezes caímos na tentação de nos considerarmos menores que os outros, de não termos capacidade para enfrentar os problemas que aparecem e que são normais uma vez, que vivemos num mundo de incertezas, de crises de toda ordem, naturais aos seres humanos e esquecemos do autor da fé que nos ajuda recolocando nossa auto-estima.
Confiando Nele podemos crescer e aprimorar nossa “auto-estima”, o sentido de nossa vida e o nosso amor para com Deus e o próximo.
Amar a si próprio não é pecado. Pecado é o egoísmo, o egocentrismo, o viver para si mesmo, num mundo de tantas necessidades, de tanta falta de solidariedade e, as pessoas vivem somente para si.
Nesse ponto o autor nos diz que “Uma das maiores necessidades atuais das pessoas é restaurar, curar a auto-estima. Para isso, é preciso conhecer quem somos, nossos sentimentos, nosso ser integral”.
E continua dizendo: Um dos versículos mais poderosos, e menos entendidos na Bíblia é: “Deus viu tudo o que tinha feito - e era muito bom. Houve uma tarde e uma manhã: sexto dia” Gênesis 1.31
Depois de sua criação do céu, das águas, da terra, dos animais, das plantas e afinal do homem e mulher, Deus declarou que tudo era muito bom. O autor diz que muitas vezes nós não sabemos o que fazer com esta declaração.
Deus não disse que era mais ou menos, que não era perfeito mais o melhor que podia fazer, que teve a melhor intenção etc. Ele disse que tudo era muito bom. O ápice da qualidade e perfeição.
Do autor: “No meio de nossos problemas, faltas, carências, deficiências, fracassos e pecados inumeráveis, é muito difícil entender como Deus pode nos ver tão bons. Reconhecendo nosso pecado e nossas fraquezas precisamos declarar com Isaias “ Aí de mim, estou perdido! Com efeito, sou um homem de lábios impuros e vivo no meio dum povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos” Isaias 6.5.
Razões para falar sobre auto-estima: 1. Deus nos declara bons; 2. Falar da auto-estima é tentar sarar um aspecto da nossa fraqueza ou de nosso pecado. O que a auto-estima tem ver com a benção de Deus e nossa fraqueza ou pecado?
COMPREENDENDO MELHOR A “AUTO-ESTIMA”
Quando eu não gosto de mim, é muito difícil louvar a Deus, orar, aprofundar minha espiritualidade. Entretanto, quando eu gosto de mim, é muito mais fácil aprofundar a minha relação com Deus. Ou no dizer popular “estou de bem com a vida e tudo é fácil”. Partilho paz, segurança e satisfação com meu próximo.
O autor aponta dois componentes que se relacionam. Um deles é o senso básico de confiança, ou de competência, diante dos desafios da vida. É a autoconfiança. Podemos confiar em nossa capacidade de aprender e apreender o que o que é necessário aprender. Não é arrogância, mas confiança de que somos filhos e filhas de Deus e Ele nos ajuda nessa compreensão.
O outro componente é um senso pessoal de dignidade e de valor. Nos valorizarmos sem ufania e termos um auto-respeito que é a convicção do próprio valor e dignidade e que fomos feito à imagem de Deus. Respeitamos- nos e somos respeitados pelos outros.
Conclusão
O autor traz uma bela conclusão que começa assim: As pessoas são tratadas como “coisas”, “objetos,” “números”, ou personagens. São descartadas perdendo a sua identidade.
No episódio da mulher samaritana (João 4.1-30), Jesus trabalhou a questão da auto-imagem, auto-estima e auto-afirmação. Ela era uma mulher marginalizada, alvo de vários preconceitos das pessoas e da sociedade. Era mulher samaritana (discriminada pelos judeus), pobre, de baixa moral.
No seu diálogo, Jesus aceita a mulher como ela e valoriza a sua pessoa. Levando em consideração a sua realidade oferece-lhe compreensão, restauração e perdão.
Ao perceber que Jesus era o Messias e aceitando-o para si, ela é restaurada como pessoa. Deixa de ser “personagem” e passa a ser pessoa. Seus complexos, seu pessimismo, sua rejeição são transformados numa auto aceitação. Sua imagem e auto-estima são restauradas. “ As coisas antigas se passaram e tudo se fez novo”.(2 Coríntios 5.17).
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