sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Desanunciando o Culto da Reforma... Foi uma bênção!!!

Há alguns anos atrás tive oportunidade de fazer um curso de locução para rádio e televisão no SENAC. O curso durou um semestre. Dentre muitas coisas que aprendi, destaco aqui o ato de anunciar e desanunciar as músicas. Anunciar: Informar ao ouvinte o nome e o autor de uma música no momento imediatamente anterior ao que ela irá ao ar. Desanunciar: Informar o ouvinte sobre o nome e o autor de uma música no momento imediatamente posterior ao que ela foi ao ar. Aproveitando esta linguagem do rádio, quero “desanunciar” o Culto da Reforma que realizamos ontem (31 de outubro) na Igreja Metodista. Como fiz vários anúncios, agora faço o desanúncio.

Iniciamos o nosso culto às 20h05min com um prelúdio realizado pelo dueto piano (Roberval Welsi) e flauta transversal (Cleide Trigo). Logo imediatamente o Coral da Igreja Metodista entoou o hino Glória e Louvor. Ao término do hino, eu saudei a toda a congregação, acolhendo-os e convidando-os há um momento de adoração através de um hino congregacional – Santo! Santo! Santo! Deus Onipotente. Estavam presentes irmãos e irmãs das seguintes igrejas protestantes históricas: Igreja Metodista (IM), Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), Igreja Presbiteriana Independente (IPI) e Igreja Presbiteriana Conservadora (IPC). Representando estas igrejas no púlpito tínhamos: Rev. Paulo Dias Nogueira – eu (IM), Rev. Sebastião Boeira (IPB), Rev. Wellington Camargo (IPI) e Pr. Kiriath Oliveira, representando o Rev. Jair Macedo (IPC).

Após o hino, apresentei um breve histórico do movimento de reforma da igreja no século XVI e depois a inserção do protestantismo no território brasileiro. Encerrei a apresentação citando uma frase de Agostinho, um dos Pais da Igreja, que diz: “No essencial unidade; no não essencial diversidade; em tudo amor”. Logo após entoamos o cântico “A começar em mim quebra corações, para que sejamos todos um, como Tu és em nós”. Enquanto catávamos, nos abraçamos e declaramos nossa disposição em quebrar as barreiras que muitas vezes nos separam como corpo de Cristo. Logo em seguida, a irmã Jerusa Ferraz, poetiza, declamou uma bela poesia baseada em Mt 4 – A tentação de Jesus.

Logo após o Rev. Sebastião assumiu o púlpito e nos conduziu a um momento especial de introspecção e oração silenciosa, alertando a todos sobre a centralidade da Palavra de Deus para a igreja nascida da Reforma. Após um tempo oportuno de oração silenciosa ele orou em voz audível e fez a leitura de 1Pe 2:4-5: “Chegando-vos para Ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também nós mesmos, como pedras que vivem, somos edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, afim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.”

Imediatamente passamos ao momento de louvor, ministrado pela irmã Juliana Costa, coordenadora do Ministério de Música da IM Central de Campinas. Entoamos os seguintes cânticos: 1. Cantai ao Senhor (salmo 96); 2. Em espírito e em verdade; e 3. Ao único que é digno. Após uma oração de louvor, o coral entoou mais um hino: A fé de nossos pais. Esta foi a música que nos preparou para o momento de edificação (sermão).

A pregação ficou a cargo do Rev. Wellington Camargo, que à luz do texto bíblico de Rm 12:2 - “E não vos conformeis com este século (mundo), mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Apresentando alguns dados estatísticos, afirmou que na cidade de Campinas, cerca de um milhão de pessoas não freqüentam igreja ou religião alguma. Convidou as igrejas históricas presentes, que tem uma mensagem poderosa da parte de Deus, a abandonar questiúnculas e bairrismos denominacionais para unirem-se missionariamente para alcançar estas pessoas que estão fora das igrejas/religiões.
No momento de dedicação e consagração, o Pb. Kiriath dirigiu a litania intitulada: “O Espírito de Deus soprou, sopra e soprará”. O texto da Litania na íntegra é o seguinte:

Dirigente: O Espírito de Deus SOPROU, sopra e soprará.
Grupo 1: Soprou em Jerusalém e a Igreja se formou.
Grupo 2: Soprou sobre a igreja e ela fez discípulos e discípulas de todas as nações.
Grupo 1: Soprou sobre a igreja fria e secularizada do séc. XVI e a reformou.
Grupo 2: Soprou sobre os herdeiros da Reforma e eles se espalharam pelo mundo.

Dirigente: O Espírito de Deus soprou, SOPRA e soprará.
Grupo 1: Sopra em nossos dias e nos convoca à unidade do corpo de Cristo.
Grupo 2: Sopra sobre nós e nos capacita para a missão.
Grupo 1: Sopra sobre a igreja em Campinas e a desafia a novas reformas (... sempre se reformando)
Grupo 2: Sopra o hálito de vida para que combatamos as forças da morte.

Dirigente: O Espírito de Deus soprou, sopra e SOPRARÁ.
Grupo 1: Soprará até o grande e glorioso “Dia do Senhor”.
Grupo 2: Soprará sobre aqueles que se renderem à sua unção.
Grupo 1: Soprará capacitando um povo que “vive para servir”.
Grupo 2: Soprará para dar vida... vida abundante... vida plena... vida eterna.

Dirigente: O Espírito de Deus soprou, sopra e soprará.
Todos: Sopra Senhor sobre nós o Teu Santo Espírito. Reforma-nos... Anima-nos... Aviva-nos!
Permita que cheios do Teu Espírito, sejamos homens e mulheres, segundo o Teu coração e vivendo de acordo com a vocação que recebemos. Sopra Senhor! Sopra sobre nós o Teu Espírito. AMÉM!!! (preparado pelo Rev. Paulo Dias Nogueira)

Encerramos o culto entoando o hino de Martinho Lutero, considerado “A Marselhesa” (La Marseillaise) da Reforma Protestante. Contei um breve histórico deste hino e destaquei a grande relevância de seu tema para a vida de Lutero e o testemunho que ele prestava a seus companheiros e companheiras de movimento. No momento de entoar o hino, dividimos a congregação e o coral em dois grupos e utilizamos a seguinte dinâmica: o grupo 1 entoava a primeira linha e o grupo 2 a segunda. Alternamos até a quarta linha. Da quinta à oitava, todos entoamos juntos. Foi um momento impar.

Após oração, bênção final e amém tríplice nos dirigimos para o salão social para investirmos um pouco mais de tempo em comunhão, nos deliciando com o lanche preparado pelo ministério de lazer da IMCC. Foi um tempo agradável de bate-papo e reencontro. Diferente da formalidade do culto, neste momento as pessoas se soltaram e descontraidamente conversavam com alegria. Que este seja um primeiro encontro de muitos. Que estes possam promover entre as igrejas históricas comunhão e unidade na missão.
Sola Gratia! Sola Fidei! Sola Scriptura!

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