sábado, 2 de novembro de 2013

A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS SAGRADAS - aprendendo com Martinho Lutero

No dia 31 de outubro de 1517 Martinho Lutero afixou suas 95 Teses na porta da Catedral de Wittenberg, igreja a qual era o pároco. Naquela época era costume afixar opiniões para debate em locais públicos para que os interessados tomassem conhecimento do assunto.

Nesta época havia um monge chamado Johann Tetzel, representante do papa Leão X, que estava vendendo indulgências nas redondezas de Wittenberg. Em suas mensagens ele afirmava que todos poderiam escapar dos sofrimentos do pulgatório comprando o perdão dos pecados através das indulgências. Poderiam inclusive comprar em nome daqueles que já estivessem mortos. Segundo ele, ao colocar a moeda na salva a alma sairia imediatamente do purgatório para o céu. Lutero se posicionou de forma veemente contra a venda de indulgências (venda de perdão), bem como contra a mediação humana para salvação do homem e a infalibilidade papal.

Em 1520 queimou os livros de "Direito Canônico" e a bula papal que o ameaçava de excomunhão. Em 1521 foi convocado a comparecer em Worms, perante o Imperador Carlos V e os príncipes da Alemanha, para dar contas de seus ensinamentos. Depois de dois dias de debates, tendo como tema central a autoridade das Escrituras, ao ser instado a retratar-se e retornar à comunhão com Roma, ele exclamou:
"Já que me pede uma resposta simples, darei uma que não deixa margem a dúvidas: A não ser que alguém me convença pelo testemunho da Escritura Sagrada ou com razões decisivas, não posso retratar-me. Pois não creio nem na infalibilidade do papa, nem na dos concílios, porque é manifesto que freqüentemente se tem equivocado e contradito. Fui vencido pelos argumentos bíblicos que acabo de citar e minha consciência está presa na Palavra de Deus. Não posso e não quero revogar, porque é perigoso e não é certo agir contra sua própria consciência. Que Deus me ajude. Amém".

Ainda que Lutero não tenha feito a “Reforma” sozinho, suas posições foram fundamentais. Firmado na Escritura Sagrada ele seguiu confiante sem trair sua própria consciência. Assim como ele muitos outros cristãos no decorrer da história também não submeteram sua consciência às pressões circunstanciais.

Que todos nós possamos firmar nossos valores na Palavra de Deus, criando assim forças para nos opor às pressões circunstanciais que nos exigem posturas contrárias. Lembremo-nos, Jesus venceu as tentações do diabo pela Palavra de Deus. Estude as Escrituras e deixe-a capacitá-lo para toda boa obra.

Rev. Paulo Dias Nogueira

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