sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Estudando o Livro do Profeta Isaías

GRUPO DE COMUNHÃO E DISCIPULADO – Guanabara

Ontem, 12 de setembro, participei do Grupo Guanabara (Grupo de Comunhão e Discipulado). A reunião aconteceu na residência do casal Giusti (Guillermo e Silvinha). Foi um tempo de grande enlevo espiritual e comunhão entre irmãos. 
Temos estudado o Livro do Profeta Isaías. Tudo começou quando compartilhei sobre o capítulo 58 – “observância devida ao jejum”. O grupo me solicitou que preparasse alguns estudos no livro de Isaías. No primeiro encontro apresentei um estudo introdutório do livro, afirmando que ele pode ser dividido em três partes:
Isaías: Caps. 1-39 - textos do próprio Isaías. Retrata o período que ele viveu (781-740), ou seja, uma época antes do Exílio. Tempo em que o povo que dominava era a Assíria. O Reino do Norte, fez uma aliança com a Síria, para combater os Assírios, porém perdeu e foi riscada do mapa. Este é o momento quando é extinguido o Reino do Norte. Isaías é o profeta que vai pregar a neutralidade política nesta luta entre Síria x Assíria. Por isso o Reino de Judá sobreviverá. Porém, logo assumiu aliança com a Assíria, então o profeta exortará o povo.
Deutero-Isaías (Segundo Isaías): Caps. 40-55 - Chamado de “Livro da Consolação” que é do tempo do Exílio Babilônico. Foi escrito, provavelmente, por um só autor, e discípulo de Isaías. Entendamos o momento histórico: de 605 a 562 Nabucodonozor conseguiu fazer da Babilônia a “Potência Mundial”. Porém, no final deste período se levantava Ciro II, rei da Persa, que sujeitou os Medos (553), os Lídios (546), e que agora caminhava rumo à conquista da Babilônia. Os israelitas, que sofriam no exílio babilônico, se alegravam de antemão com este fato, pois sabiam que os persas respeitavam a cultura e a religião dos povos conquistados. Portanto eles teriam uma maior liberdade para cultuar a Deus. Daí entendermos o porque o profeta chamará o Rei Persa (Ciro II) de instrumento de Deus.
Trito-Isaías (Terceiro Isaías): 56-66 – provavelmente foi escrito por vários autores. Todos eles também, discípulos de Isaías. Daí, o fato de na hora de compilar o Cânon, ter se colocado todos os três interligados, ou melhor, em sequência.
Desde então, estudamos alguns capítulos referentes à primeira parte (Isaías).
1)    Capítulo 1:1-20 – “Nação pecaminosa”, “condenação do culto hipócrita” e “convite à graça”.
2)    Capítulo 5:1-30 – “Parábola da vinha má” e “ais contra os perversos”.
3)    Capítulo 6:1-13 – “Visão de Isaías e seu chamamento”
4)    Capítulo 9:1-7 – “O nascimento e o reino do príncipe da paz”
5)    Capítulo 31:1-9 – “O Egito é homem e não Deus”
6)    Capítulos 37:14-19 e 38:1-8 – “A oração de Ezequias” e “a doença e cura de Ezequias”.
Ontem começamos a estudar alguns capítulos referentes à segunda parte do livro, conhecido também como Livro das Consolações. Esta parte pode ser subdividida em duas: capítulos 40-48 onde ele anuncia aos exilados a libertação do cativeiro e um “novo êxodo” (uma caminhada rumo à Terra Prometida); e capítulos 49-55, onde ele fala da reconstrução e da restauração de Jerusalém.
Estudaremos:
7)    Capítulo 40:1-11 – “O SENHOR vem” (texto estudado ontem)
8)    Capítulo 40:12-31 – “A majestade do SENHOR”
9)    Capítulo 43:1-13 – “Só Deus resgata Israel”
10)  Capítulo 44:9-20 – “A loucura da idolatria”
11)  Capítulo 53 – “O sofrimento vicário do Servo do SENHOR”
12)  Capítulo 55 – “Graça oferecida gratuitamente a todos”
Num tempo de banalização da pregação bíblica, precisamos promover estudos sérios e mais profundos da Palavra de Deus. Se quisermos aprender e ensinar a Bíblia com poder e sabedoria, um ponto de grande relevância é valorizar a exegese. Não estou falando de uma exegese acadêmica, mas sim, um estudo mais cauteloso que leve em consideração algumas ferramentas de pesquisa possíveis: comentários bíblicos, bíblias com comentários, livros, chave bíblica, dicionários, sites, anotações de sermões, etc.
Quem não faz o mínimo de exegese, acaba por fazer eisegese. Exegese é extrair do texto (ex)... eisegese é impor ao texto (ei).
Depois do estudo, degustamos uma farta mesa de comidas típicas do Chile. A Bia adorou a sobremesa: chilenitos. Inclusive, está levando um para a hora do recreio na escola.


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