terça-feira, 10 de dezembro de 2013

HOMENAGEM PÓSTUMA: Tia Anita, a mulher que levou minha família a Cristo. Nosso testemunho e agradecimento.

Minha mãe, tia Anita e tia Madevi
dias antes de sua partida
Acabei de receber a notícia do falecimento de uma tia querida. Na realidade tia dos meus pais que são primos. A mãe de meu pai e a mãe de minha eram irmãs. A tia que faleceu era a irmã mais nova das duas... a caçula. A ligação desta tia para com a minha família é muito mais do que a consanguinidade. Ela foi a discípula de Cristo que levou o Evangelho aos meus pais.

A minha primeira experiência de fé foi com ela, dois anos antes de meus pais se converterem. Ela se hospedava em nossa casa, na cidade de São Paulo, quando necessitava de tratamentos médicos. Durante o tempo que passava lá, falava do amor de Deus e das Escrituras Sagradas. Na época meu pai era macumbeiro atuante e minha mãe uma católica nominal. Minha experiência ligada a fé cristã se deu em 1977, quando tinha apenas 7 anos de idade. Eu acabara de passar por uma cirurgia onde retirei as amídalas,  a adenoide e lancetei o ouvido. Após minha alta, quando cheguei em casa, meus pais perguntaram o que eu queria comer. Eles estavam me agradando, pois eu estava convalescente. Na mesma hora eu pedi um sanduíche de mortadela e guaraná. Minha mãe disse que isto faria doer a garganta. Eu imediatamente me lembrei que a tia Anita estava em casa e pedi para que ela lesse o livro preto dela na hora que eu estivesse comendo para que não sentisse dor. Lembro-me que ela leu o Salmo 23. Pasmem!! Comi e bebi sem sentir nenhuma dor. Ela dizia que aquele livro tinha poder e que nós precisávamos crer. Em minha inocência infantil, interpretei literalmente o poder de me ajudar naquele momento e fui abençoado.

A conversão de meus pais aconteceu apenas 2 anos depois. Na época a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) estava se iniciando. Meu pai estava muito enfermo neste período. Sua doença era crônica e estava avançada. Passava por várias internações. A tia Anita, que viera novamente para mais um período de tratamento, insistiu que meu pai fosse nessa igreja com ela. As pessoas diziam que os enfermos eram curados. Depois de relutar muito, meu pai cedeu e levou minha tia na IURD do Ipiranga – São Paulo. Neste primeiro culto meu pai já foi impactado com a mensagem do Evangelho. O preconceito para com “crentes” caiu por terra. Após frequentar esta comunidade por algumas semanas, fomos à Igreja Batista Regular de Americanópolis (bairro que morávamos). Lá meus pais responderam sim ao apelo por salvação em Cristo e foram batizados. Lembro-me do dia do batismo, 31 de dezembro de 1979.

Depois da conversão, a tia Anita compartilhou conosco que durante muitos anos ela colocava o nome de nossa família na lista de oração dos cultos de quarta-feira de sua igreja local: Igreja Presbiteriana de Machado – MG. Além de nos evangelizar todas as vezes que ia a São Paulo, ela intercedia semanalmente por nós. Ela foi uma verdadeira apostola para nossa família. Meu pai e minha mãe se firmaram em Cristo e nos ensinaram o caminho da fé e missão. Somos quatro irmãos: Paulo (eu), Patrícia, Perla e Priscila. Todos nós servimos ao Senhor e vivemos debaixo de seu temor.

Acredito que possa dizer em nome de toda a minha família que somos gratos pela insistência, fidelidade e testemunho da tia Anita. Enquanto escrevo estas palavras seu corpo ainda está no hospital esperando os agentes funerários. Seu corpo voltará à terra de onde veio. Como nos afirma o texto bíblico: “Pó ao pó... terra à terra”. Porém, sua alma descansa naquele que a arregimentou e sustentou durante todos estes anos. Há uma música gravada pelo quarteto Palavra da Vida, cujo refrão diz assim: “O que você fez pra Deus valeu, pois foi a mim que alcançou”. Gostaria de externar publicamente estas palavras, no desejo de honrar a memória da tia Anita: Querida tia, o que a senhora fez para o Senhor valeu demais, pois alcançou minha família. OBRIGADO!!!

Daqui a pouco sairei de viajem para me despedir de seu corpo e me solidarizar com nossos queridos. Como somos cristãos e sabemos da eternidade ao lado do Senhor, não diremos adeus, mas até breve tia Anita. Nos encontraremos novamente além do Jordão. Como nos afirma o texto bíblico de Apocalipse 14:13: “Felizes os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito para que descansem dos seus trabalhos, pois suas obras os acompanham”.


Descansa, serva do Senhor!!! Descansa, querida tia!!! Até breve!!!

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