quinta-feira, 1 de setembro de 2011

MOCIDADE VAZIA - uma breve reflexão do Prof. Elias Boaventura


Compartilho abaixo um texto do Prof. Dr. Elias Boaventura que acabei de receber por e-mail e que solicitei sua autorização para publicar.

Tenho um carinho especial pelo professor Boaventura e fico muito feliz por publicar este texto que olha com otimismo e esperança para a nossa juventude.

MOCIDADE VAZIA
Ouço com muita freqüência a afirmação de que a mocidade de nossos dias é grupo oco, desprovido de conteúdo e que vive uma existência sem sentido, apenas girando em torno de uma mediocridade vazia.

Tais observações apontam pelo menos três razões que seus propositores  consideram incontestáveis: o fracasso escolar,  o desinteresse pelas lutas políticas e o esfacelamento da família.
Pessoalmente vivo com centenas de jovens ao meu redor, por vezes conflito de modo mais duro com eles, mas confesso que não percebo este vazio de que tanto falam. (Clique abaixo e continue a leitura)
Sou involuntariamente um freqüentador de hospitais e em nenhum momento percebi este vazio. Lindas jovens exercem a profissão de enfermagem com desvelo, em suas atitudes demonstram que no exercício de seu penoso trabalho, que não só entendem,  mas zelam pelo sentido da vida.
Também na escola, em todos os graus de ensino em que milito, percebo o denodado esforço jovem, alguns vindo de classes subalternizadas, excluídos, isolados para ouvir velhas mensagens conteudistas de professores, que por serem estáveis, socialmente e bem colocados, não conseguem entender seus alunos advindos de classes populares como filhos de lavadeiras, mecânicos, pedreiros e tantos outros segmentos que significam os verdadeiros esteios do processo produtivo, e carregam pesada carga de trabalho.
Vejo esta mesma mocidade cuidando com êxito de milhões de criancinhas em jardins de infância e creches, em muitos casos auxiliando fortemente as sobrecarregadas famílias na formação deles.
Dos partidos políticos que participei e participo o travamento das ações partidárias partem muito mais de velhos e viciados militantes que insistem mais em preservar seus interesses e suas corroídas ideologias que com bom senso a juventude, não quer mais aceitar.
Belo exemplo de ação da juventude pode ser colhido na iniciativa de combate a corrupção no País, que vem sendo desfechado por jovens promotores e juízes, que não medem esforços no sentido de aperfeiçoamento dos aparelhos de combate a corrupção política no Estado.
Tenho concluído que estas acusações que se fazem à juventude de ser vazia, indiferente, de não querer nada em assumir compromisso, deve-se a uma reação da velha sociedade, que não tem fôlego de acompanhar os avanços e transformações do progresso.
Elias Boaventura
Agosto/2011

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