quinta-feira, 28 de maio de 2015

Prof. Almir Maia - meu tributo (Rev. Paulo Dias Nogueira)


"Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham"(Ap 14.13).

Nas últimas horas, frente à realidade do passamento de nosso querido irmão prof. Almir de Souza Maia, muitas pessoas tem prestado homenagens, verbais ou escritas, ressaltando alguns dos aspectos de sua caminhada entre nós.

No átrio da biblioteca da Unimep, num momento especial de homenagens, ouvi muitas pessoas destacarem seu perfil empreendedor e sua enorme contribuição à educação. De fato, ele deixou marcas indeléveis na educação, não só metodista, mas em geral, e não só em Piracicaba, como também em âmbito nacional e internacional.

Porém, em minha homenagem não gostaria de destacar o lado empreendedor ou de educador do prof. Almir. Desejo aqui compartilhar minhas impressões como seu pastor durante os anos de 2004 e 2011 na Catedral Metodista de Piracicaba.

Mesmo à frente do Instituto Educacional Piracicabano (IEP) com todas as atividades que isto requeria, ele sempre foi um membro da igreja local presente e atuante. Em meu pastorado, ressalto seu empenho como membro do GT de restauro do templo e do GT de reconhecimento da igreja local como Catedral Metodista de Piracicaba, ambos no ano de 2006.




Mesmo após sua não continuidade frente ao Instituto Educacional Piracicabano (IEP), um período difícil e doloroso para ele e sua família, não deixou de freqüentar a igreja e colaborar ministerialmente. Ouvi por muitas vezes ele falar de sua gratidão à Igreja Metodista e sua paixão por seu projeto missionário que uni evangelização e educação.

Ouvindo tantas pessoas compartilharem sobre seu espírito empreendedor no âmbito da educação, reconheci que este perfil não estava ligado ao profissional, mas era uma característica de sua personalidade. Afirmo isto, por ter presenciado muitas de suas intervenções em reuniões da igreja local, alertando os participantes para o cuidado em não responderem pragmaticamente às urgências, sem levar em consideração um projeto que fosse duradouro. Se fosse ilustrar as intervenções do irmão Almir, diria que ele não se interessava por plantas que crescem rápido, mas morre em pouco tempo. Ele preferia plantar árvores que demorassem para crescer, mas que tivessem longevidade.

Ao apresentar de forma antagônica sua estatura (pequena) e sua contribuição (gigante), estou apenas propondo um trocadilho para ressaltar a grande relevância de sua vida e missão.

Em minha compreensão pessoal, as contribuições do irmão Almir Maia não estavam ligadas apenas à sua concepção de educação, mas muito mais, à sua visão eclesiológica. Como um metodista que valorizava a tradição wesleyana, sempre soube que a educação é parte integrante da missão da igreja. Não é uma ação proselitista da denominação metodista, mas uma ação missionária que contribui na construção de um mundo melhor e mais humano.

Se eu fosse o responsável por seu epitáfio, escreveria: Almir de Souza Maia - um homem de pequena estatura, mas de contribuições gigantescas para a missão evangelizadora e educadora da Igreja Metodista.


Deixo aqui meu tributo.

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