terça-feira, 12 de maio de 2015

Homenagem póstuma - URIAS MARTINS DE ALMEIDA (voz de trovão)

Visita ao irmão Urias Martins em 18 de fevereiro de 2010

Ontem, 11 de maio de 2015, ao participar do Culto em Ação de Graças pela vida da VÓ MIRCE, fui comunicado do falecimento na semana anterior do irmão Urias Martins de Almeida. Nosso irmão faleceu aos 98 anos de idade. Aproveito aqui para fazer uma homenagem póstuma.

Tenho boas recordações do irmão Urias. Devido a idade avançada e os limites impostos pelas enfermidades típicas desta fase da vida, por muitas vezes fui visitá-lo e levar a Ceia do Senhor. Tenho o registro de uma das visitas feita no dia 18 de fevereiro de 2010. Ele gostava muito de contar histórias da época em que era inspetor de alunos no Colégio Piracicabano. Eu ficava encantado em ouvi-lo pois ele tinha uma memória fenomenal. O que mais me encantava era que ele contava a história da adolescência e os namoricos na escola de muitos dos paroquianos que eu pastoreava e que já estavam na terceira idade. Ele falava do quanto tinha que chamar a atenção de alguns que eram "namoradores/namoradoras" (hehehehe). Compartilhava com alegria a homenagem que recebeu no Colégio quando de sua aposentadoria. Ele era apaixonado por esta escola.

Ele tinha uma voz alta e grave, parecia um trovão. Eu gostava quando ele me chamava, pois carregava no rrrrrr. RRRRRRReverendo Paulo ou Pastorrrrrrrr Paulo. Houve um episódio muito engraçado com ele e que eu gosto de citar aos meus alunos. Aos 92 anos de idade, num culto de Santa Ceia da Catedral Metodista de Piracicaba, eu convidei o irmão Urias para orar após servir a mesa do grupo que ele estava. Ele fez uma oração muito longa... longa mesmo... e as pessoas foram ficando impacientes, pois estavam ajoelhadas no altar. Como a comunidade era repleta de idosos, eu abria os olhos algumas vezes para ver como estavam as coisas e eu só via as pessoas tentando se acomodar e não conseguindo, pois as pernas estavam doendo demais. Confesso que nunca ouvi um amém tão forte pelos irmãos daquela igreja como ao final desta oração (hehehehe). Para mim esta oração ficou na história.

Outra história que me encantou foi que ele era criança quando o atual templo da Catedral Metodista de Piracicaba foi construído. Por volta de uns 10 anos de idade ele era responsável por levar a marmita de almoço para o seu pai que era um dos pedreiros na construção. Ele dizia que se lembrava de ver o prédio sendo erguido.


Durante muitos anos ele foi o membro arrolado mais antigo da igreja local. Hoje ele descansa no Senhor, mas suas obras e histórias ficam em nossa memória.

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