quarta-feira, 18 de março de 2015

SERMÃO: Rev. André Pires de Souza (15.03.15 - IMCC)

Participando do culto matutino da Igreja Metodista Central de Campinas no domingo passado, ouvi o sermão do Rev. André Pires de Souza, pastor titular da igreja. Após convidar todos a colocarem-se em pé, fez a leitura bíblica de Oséias 11. Apresento abaixo algumas afirmações do Rev. André.

Nosso texto  apresenta o clamor de um pai que se entristece pelo desprezo do filho. O livro de Oséias apresenta a concepção de amor conforme a teologia do Antigo Testamento.

No primeiro capítulo, vemos Oséias cumprir a ordem do Senhor de contrair casamento com uma prostituta. Ele tinha 30 anos nesta época. Pensem bem ele chegando em seus pais para comunicar seu casamento. Seus pais felizes perguntariam se ela era de alguma família conhecida e de respeito, mas ele responderia, não ela é uma prostituta. Imaginem a cena. Como será que seus pais reagiram. O importante aqui é entender a mensagem de Deus.

Deus está falando para ele se dirigir ao prostíbulo para resgatar uma "mulher da vida"  dando-lhe dignidade e segurança. Algo que só o casamento poderia oferecer a uma mulher naquela época. A mensagem implícita é que Deus não teve vergonha de entrar no "prostíbulo" desta terra para nos resgatar/dignificar.

Porém, o que vemos no decorrer da história deste livro é que esta mulher mesmo recebendo toda a segurança dada por Oséias através do casamento, continuou prostituindo-se com amantes. Oséias sempre lhe perdoava e acolhia de volta. Chegou mesmo a pagar seu resgate em um destes momentos.

A história do profeta é um exemplo de amor e graça diante da infidelidade de sua esposa. Sua ação foi tão importante, que seus filhos Lo-Ruama (não amada) e Lo-Ami (não meu povo) tornaram-se Amada e Povo Meu. Este é um exemplo a ser seguido.

Precisamos assumir esta mesma postura de Oséias, pois está representando a forma de Jesus amar, ou seja, amar os não filhos, como a filhos. Não há acepção de pessoas. Como igreja precisamos acolher os "não-filhos" (pecadores/diferentes) como a "filhos" deste Deus misericordioso.

João 3:16 nos afirma que "Deus amou ao mundo de tal maneira, que nos deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna". Deus não aceita o pecado, mas ama ao pecador. Não temos o direito de confeccionar uma lista particular de padrões éticos que excluem aqueles a quem Deus amou. Imagino Deus dizendo a uma pessoa assim, "essa vida que você leva não é minha, mas eu te amo".
Jonas é o exemplo de quem não aceita a conversão do diferente/pecador. Precisamos reconhecer que nossa salvação não é por mérito, mas sim pela graça de Deus. Mesmo pecando, Deus continua a amar o pecador e faz de tudo para resgatá-lo do pecado. Deus acredita que os homens podem mudar, se converterem.


Somos chamados a amar incondicionalmente as pessoas. Precisamos entender o amor ensinado pela Bíblia. Trata-se do amor ágape... amor incondicional. É um amor que não está refém do sentimento, mas sim da ordem do Senhor. Resgatar o pecador.

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