segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Homenagem e gratidão por meu pai - Gildo Nogueira

Uma relíquia... meu
primeiro presente
No dia do meu nascimento, 04 de janeiro de 1970, meu pai escreveu este breve bilhete. Perguntei para minha mãe sobre esta história e ela me contou. Morando em São Paulo e vivendo de forma muito precária, meu pai não pode oferecer à minha mãe uma possibilidade de parto melhor. Acompanhou-a até a maternidade para mães solteiras e despediu-se dela. Depois ficou rodeando o hospital até descobrir uma forma de entrar e poder vê-la. Como ela ficou num quarto térreo, ele entrava pelo corredor externo e subia na janela. Minha mãe disse que ele não se afastou dali. Ele conversava um pouco com ela, dava uma olhadinha em mim e depois saía disfarçando-se. Numa dessas idas à visita através da janela, ele entregou este bilhetinho para minha mãe. Este foi um primeiro presente que recebi de meu pai. Uma declaração  de gratidão à Deus por minha vida. 
Na casa que eles
construíram
Fomos morar num bairro muito pobre, numa casa que meus pais construíram com suas próprias mãos. Neste lugar humilde foi que recebi meus primeiros cuidados e o carinho de meus pais. O tempo se passou, ganhei três irmãs (Patrícia, Perla e Priscila), cresci, me tornei adulto e sou pai. O meu pai descansou em Deus há 12 anos atrás. Dele guardo as boas lembranças e todas as alegrias vividas. As coisas que não foram tão agradáveis, ficaram para trás e já foram esquecidas em sua maioria. Hoje, só posso dizer que tenho saudades. Louvo a Deus por sua vida e por tudo que fez por mim. Na esperança da ressurreição, creio que um dia nos encontraremos. Portanto, até breve!
Última foto antes de sua morte - janeiro de 2002

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