Hoje, sintonizado na Rádio CBN - Campinas, ouvi pela primeira vez o termo MATERNAR. Essa palavra me chamou a atenção, bem como as colocações feitas pelas entrevistadas e a âncora do programa. Eu estava dirigindo e aproveitei para pensar no ato de PATERNAR, já que me considero um pai coruja.
Ao chegar em casa fui pesquisar
sobre o termo MATERNAR e vi que ele tem sido utilizado por muitas pessoas e
existem blogs e facebooks com este título. Descobri também que tem um facebook
com o título PATERNAR.
Como eu refleti um pouco enquanto
dirigia, ao pesquisar na internet verifiquei que muitas ideias se pareciam com
as minhas ou vice-versa. Lembrei-me de uma propaganda dos anos 80 que tinha o
seguinte bordão: "Não basta ser pai, tem que participar. Não basta ser
remédio, tem que ser gelol".
No decorrer da história existiram
várias forças (culturais, econômicas, sociais, religiosas, etc) que afastaram
os pais (aqui, gênero masculino - genitor) do convívio de seus filhos e da
participação mais integral na formação de sua personalidade. O ser provedor já
bastava. Vejo ainda hoje, muitos pais ausentes da vida de seus filhos. Muitos
estão precisando aprender PATERNAR, ou seja, exercer de forma consciente e dedicada
o ato da paternidade. Infelizmente ainda hoje é comum algumas mães afirmarem
que o pai a está ajudando a criar os filhos, como se isso fosse uma
responsabilidade só dela. Os filhos são responsabilidade dos dois. Refletir sobre a contribuição de
cada um na educação do filho é algo muito importante. A mãe deve maternar e o
pai paternar. Um não anula o outro. Os dois se complementam no cuidado.
Gostei muito deste termo. Tenho
procurado ser um pai bem presente na vida de minha filha. Ela chegou depois de
15 anos de casado. Portanto, eu já era um homem mais maduro quando comecei minha
tarefa paternal. Por ser pastor, tenho uma certa queda por cuidar de pessoas.
Por muitas vezes acordei de madrugada para atender pessoas que necessitavam de
ajuda. Ouvi pessoas que necessitavam ser ouvidas. E assim por diante. Por isso,
quando minha filha precisa de tempo, procuro dedicar-me com seriedade.
Como disse, já era mais velho
quando me tornei pai (37 anos). Por este fato, ouvi muitos pais dizerem que
seus filhos cresceram e eles não tiveram tempo para ver e curtir. Uma de minhas
metas ao desenvolver este ministério maravilhoso de ser pai era poder ver e
curtir minha filha crescendo. Hoje ela está com nove anos e eu continuo firme
no papel de PATERNAR.
Um exemplo de pai que me inspira
na Bíblia Sagrada é Jairo. Ele era Chefe da Sinagoga, portanto, um homem muito
ocupado. Mas encontrou tempo para ir atrás de Jesus para curar a sua filha. Mesmo
quando tudo parecia estar perdido, ele confiou em Jesus que lha disse:
"Não temas! Crês somente". Ele
viu o milagre acontecer na vida de sua filha.
Como pai eu desejo ser canal de
bênção na vida de minha filha. Quero fazer o máximo que me for possível para
estar com ela e curtir sua infância. Sei que um dia crescerá e continuará sua
caminhada com maior independência. Quanto a isto, já me preparo, mas uma coisa
eu sei, ela jamais deixará de ser minha filha. Eu terei de reinventar minha
forma de PATERNAR, mas jamais deixarei de cumprir meu ministério paternal. Este
é o meu desejo, por isso rogo a Deus que me dê oportunidade e sabedoria.
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