sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O ATO DE PATERNAR - Sobre o Dia dos Pais


Hoje, sintonizado na Rádio CBN - Campinas, ouvi pela primeira vez o termo MATERNAR. Essa palavra me chamou a atenção, bem como as colocações feitas pelas entrevistadas e a âncora do programa. Eu estava dirigindo e aproveitei para pensar no ato de PATERNAR, já que me considero um pai coruja.

Ao chegar em casa fui pesquisar sobre o termo MATERNAR e vi que ele tem sido utilizado por muitas pessoas e existem blogs e facebooks com este título. Descobri também que tem um facebook com o título PATERNAR.

Como eu refleti um pouco enquanto dirigia, ao pesquisar na internet verifiquei que muitas ideias se pareciam com as minhas ou vice-versa. Lembrei-me de uma propaganda dos anos 80 que tinha o seguinte bordão: "Não basta ser pai, tem que participar. Não basta ser remédio, tem que ser gelol".

No decorrer da história existiram várias forças (culturais, econômicas, sociais, religiosas, etc) que afastaram os pais (aqui, gênero masculino - genitor) do convívio de seus filhos e da participação mais integral na formação de sua personalidade. O ser provedor já bastava. Vejo ainda hoje, muitos pais ausentes da vida de seus filhos. Muitos estão precisando aprender PATERNAR, ou seja, exercer de forma consciente e dedicada o ato da paternidade. Infelizmente ainda hoje é comum algumas mães afirmarem que o pai a está ajudando a criar os filhos, como se isso fosse uma responsabilidade só dela. Os filhos são responsabilidade  dos dois. Refletir sobre a contribuição de cada um na educação do filho é algo muito importante. A mãe deve maternar e o pai paternar. Um não anula o outro. Os dois se complementam no cuidado.

Gostei muito deste termo. Tenho procurado ser um pai bem presente na vida de minha filha. Ela chegou depois de 15 anos de casado. Portanto, eu já era um homem mais maduro quando comecei minha tarefa paternal. Por ser pastor, tenho uma certa queda por cuidar de pessoas. Por muitas vezes acordei de madrugada para atender pessoas que necessitavam de ajuda. Ouvi pessoas que necessitavam ser ouvidas. E assim por diante. Por isso, quando minha filha precisa de tempo, procuro dedicar-me com seriedade.
Como disse, já era mais velho quando me tornei pai (37 anos). Por este fato, ouvi muitos pais dizerem que seus filhos cresceram e eles não tiveram tempo para ver e curtir. Uma de minhas metas ao desenvolver este ministério maravilhoso de ser pai era poder ver e curtir minha filha crescendo. Hoje ela está com nove anos e eu continuo firme no papel de PATERNAR.

Um exemplo de pai que me inspira na Bíblia Sagrada é Jairo. Ele era Chefe da Sinagoga, portanto, um homem muito ocupado. Mas encontrou tempo para ir atrás de Jesus para curar a sua filha. Mesmo quando tudo parecia estar perdido, ele confiou em Jesus que lha disse: "Não temas! Crês somente".  Ele viu o milagre acontecer na vida de sua filha.


Como pai eu desejo ser canal de bênção na vida de minha filha. Quero fazer o máximo que me for possível para estar com ela e curtir sua infância. Sei que um dia crescerá e continuará sua caminhada com maior independência. Quanto a isto, já me preparo, mas uma coisa eu sei, ela jamais deixará de ser minha filha. Eu terei de reinventar minha forma de PATERNAR, mas jamais deixarei de cumprir meu ministério paternal. Este é o meu desejo, por isso rogo a Deus que me dê oportunidade e sabedoria.

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