sábado, 20 de agosto de 2016

Minha homenagem por ocasião do Título de Honra ao Mérito concedido pelos vereadores à Igreja Metodista Central em Campinas (SP)


Neste mês de agosto, a Igreja Metodista completa 102 anos de vida e missão na cidade de Campinas-SP. Quem aniversária não é apenas a IMCC (Igreja Metodista Central de Campinas), mas sim do metodismo campineiro como um todo. Durante todo o mês estão sendo realizadas várias celebrações especiais. Hoje, 20/8 às 19h00 no templo da IMCC, rua Ferreira Penteado, 475 no Centro de Campinas/SP,   acontecerá mais uma.

Trata-se de uma Sessão Extraordinária da Câmara de Vereadores da cidade de Campinas, onde por proposição do vereador André von Zuben, será outorgada à Igreja Metodista, em especial à Igreja Metodista Central de Campinas, o Título de Honra ao Mérito pelos serviços prestados à cidade. Dentre todas as celebrações realizadas neste mês, esta é a de maior expressão pública, pois a Casa de Leis de nossa cidade, estará presente em nosso templo reconhecendo a importância de nossa história e de nossa missão.

Diante disso, aproveito o ensejo para homenagear o Metodismo Campineiro e mais especificamente a Igreja Metodista Central de Campinas, trazendo à memória os primórdios desta bela história.
Homens e mulheres do passado, investiram suas vidas neste projeto missionário chamado: Igreja Metodista. Como afirmou a historiadora Helena Pignatari: "Um povo sem memória é um povo sem história". Vamos dar uma olhadinha no retrovisor.

O metodismo foi fundado na cidade de Campinas no dia 23 de agosto de 1914, na residência do casal Gertrudes e Osório Rangel, na Vila Industrial. Naquela ocasião a Igreja Metodista ainda era uma missão da Igreja Metodista dos Estados Unidos. Portanto, a nomenclatura utilizada pela denominação era: Igreja Metodista Episcopal do Sul no Brasil. 


A cerimônia de fundação foi dirigida pelo Rev. José da Costa Reis, presbítero presidente do Distrito de Ribeirão Preto, que acompanhado de mais quinze membros, oficializou o início do trabalho metodista na cidade.




Com o objetivo de manter a memória, apresento os nomes dos irmãos e irmãs que o Senhor usou para iniciar o metodismo em Campinas: Joaquim S. Bueno, Camila P.Bueno, Osório Rangel, Gertrudes Bueno Rangel, Anna B. Silva, Othoniel Bueno, Cândido Bueno Guimarães, Elvira A Guimarães, John W. Harris, João C. Aranha, Paula C. Aranha, Joaquim O. Camargo, Antonia J. Camargo, Amélia de Souza e Anna da Costa Reis.

No domingo posterior, 30 de agosto, com a matrícula de 15 alunos e a frequência de 22 pessoas, fundaram a Escola Dominical. Merece destaque o ministério do sr. Joaquim Bueno, irmão de D. Gertrudes, que além de ser o primeiro superintendente da Escola Dominical, também realizou um profícuo ministério de proclamação do Evangelho nas casas e em praça pública.

O salão de cultos foi transferidos algumas vezes antes de se fixar numa sede própria e construída para este fim. Da casa da família Rangel, transferiu-se em 1916 para a Rua Bernardino de Campos, n° 8; no mesmo ano para a Rua Visconde do Rio Branco, defronte a Escola Alemã; em 1917 para a Rua Regente Feijó, n° 82; e em 1921 para outro endereço.

Em 1922 foi comprado o terreno da esquina das ruas José Paulino e Ferreira Penteado, onde atualmente nos congregamos, com o objetivo de se construir o templo e a casa pastoral. Neste mesmo ano foi realizada uma bela cerimônia para o lançamento da pedra fundamental. Para dar prosseguimento ao projeto de construção, em janeiro de 1923 foi formada uma Comissão de Construção. 


No dia 1 de novembro de 1923, com a parte térrea da construção já pronta (porão) e com a presença de 120 pessoas, celebrou-se o primeiro culto no espaço geográfico onde nos encontramos hoje.Com nove anos de existência o metodismo campineiro já tinha sua sede própria, onde se reunia para cultuar a Deus e realizar suas atividades missionárias. Tudo isso foi fruto da dedicação de muitas pessoas. 

Analisando o livro "Igreja Metodista Central de Campinas - 100 anos", escrito por Carol Tornich, Celi G. Estrada e Silvia Giusti e publicado por ocasião do centenário da igreja local, bem como um texto seminal elaborado por Celi G. Estrada, intitulado: “A cidade de Campinas e a Igreja Metodista Central - 90 anos (1914 – 2004)”, verifiquei a realização de várias campanhas financeiras para a construção do templo, bem como o envolvimento de muitas pessoas. 


Foi a união de propósito das várias pessoas envolvidas com o metodismo da época quem permitiu este avanço. A visão dos fundadores, juntamente com a dos demais metodistas que se uniram a eles na primeira década de existência, foi que permitiu a construção deste belo e imponente templo no qual nos reuniremos hoje à nopite para esta bela solenidade. Eles pensaram em nós e por isso fizeram o melhor... o maior... o mais belo que puderam.


Hoje, somos nós os agentes responsáveis pela continuidade dessa missão. Não nos contentemos com os feitos do passado e as honras recebidas pelo trabalho de nossos antecessores, mas empenhemos-nos para fazer a nossa parte. Portanto, escrevamos com responsabilidade a parte dessa linda história que nos cabe. 

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