Vivi minha infância e
adolescência nas décadas de 70 e 80. Foi um tempo maravilhoso e que vale a pena
relembrar. Como afirma o poeta: “Recordar é viver”. Minha mãe gostava de fotografar (ou seja, "tirar retrato" como falávamos naquela época). Olhando algumas fotos antigas pude lembrar de alguns episódios. Tive a ideia de escrever alguns fragmentos de minha infância. Neste texto trago à memória os calçados que usei e as brincadeiras que mais gostava. Se você nasceu na década de 70 vai se identificar com algumas afirmações.
CALÇADOS:
Sandália de couro |
Bota ortopédica |
BOTINHA ORTOPÉDICA E SANDALINHA DE COURO: Hoje temos uma variedade
de sapatos e sandálias infantis, mas naquela época não tínhamos muitas opções. Usei
a sandália, mas quando foi identificado que eu pisava torto, passei a usar a
botinha. Isto foi até os seis anos.
Depois disso foi a era do CONGA, BAMBA E KICHUTE: Para a escola
era Conga ou Bamba. Na hora da aula deveriam ser coloridos (azul ou vermelho) e
para a Educação Física deveriam ser brancos.Quem estava acostumado com Conga e
ganhava um Bamba, experimentava um "upgrade".
Mas os meninos desejavam mesmo era
um Kichute. Usávamos para passear, ir à escola e jogar futebol. O cadarço era
muito grande por isso amarrávamos na canela para passear e dando voltas por
debaixo dele para jogar bola. Acho que era o tênis que mais dava chulé... eita
fedor.
Kichute |
Conga - azul |
Kichute - jogar bola |
All Star - aos 15 anos |
BRINCADEIRAS
BOLINHA DE GUDE: Eu gostava de jogar triângulo. O princípio era o
mesmo do pião. As bolinhas eram depositadas no centro do círculo e deviam ser
tiradas com a bolinha que jogávamos. A bolinha de jogar não podia ficar no
triangulo. Eu era um péssimo jogador de bolinhas.
PIPAS: Fiz muitos pipas na minha infância. Alguns foram para empinar e outros para vender. Em tempos difíceis em que era difícil para meus pais comprarem cola (tenaz), colei os pipas com arroz cozido (papa) ou mingau de maisena. Os papéis de seda eram de uma só cor por isso se quisesse fazer colorido, tinha de recortar e colar. A brincadeira que mais curti na minha infância foi essa: empinar papagaio/pipa.
QUEIMADA: Lembro-me que era comum brincarmos de queimada nas ruas e
na quadra da escola. O jogo era misto... meninos e meninas. Foram tempos muito
divertidos. Como era legal dar uma bolada em alguém... hehehe.
MÃE DA RUA: Fazíamos as marcas na rua e os participantes tinham de
atravessar de um lado para o outro, mas não podia ser pego pela “mãe da rua”. A
mão da rua sempre inventava algo para dificultar a travessia dos outros. Por
exemplo: atravessar pulando com um só pé.
BATER FIGURINHAS: Alguns chamavam esta brincadeira de bafinho. Apostávamos
um quantidade de figurinhas e depois batíamos encima delas com a palma da mão,
provocando um certo vento para vira-las. As que iam sendo viradas era da
pessoa.
VELOCIPEDES: Na minha infância os velocípedes eram de lata e não de
plástico como hoje. Lembro-me de ter o meu.
JIPINHO: Tive um jipinho verde que curti ao máximo. Sentia-me
dirigindo um carro de verdade. CAMINHÃOZINHO: Eu adorava meu caminhão gigante. Eu e meus primos brincávamos de um sentar na caçamba e o outro empurrar.
BICICLETA: Minha primeira bicicleta foi esta verdinha da fotografia acima. Quando cresci um pouco, pedi outra. Na época a Caloi tinha um "reclame" (propaganda) na televisão, onde o filho colocava vários bilhetes onde o pai iria ver com o seguinte texto: "Pai não se esqueça da minha caloi". Eu fiz isso e no natal daquele ano eu ganhei minha bicicleta vermelha... da caloi.
BICICLETA: Minha primeira bicicleta foi esta verdinha da fotografia acima. Quando cresci um pouco, pedi outra. Na época a Caloi tinha um "reclame" (propaganda) na televisão, onde o filho colocava vários bilhetes onde o pai iria ver com o seguinte texto: "Pai não se esqueça da minha caloi". Eu fiz isso e no natal daquele ano eu ganhei minha bicicleta vermelha... da caloi.
IÔ-IÔ: Quando saiu o iô-iô da coca-cola eu fiquei até doente para
ter um. O pior foi que meu pai foi na rua 25 de março em São Paulo e comprou um
fajuto. Eu fiquei pior ainda. Meu sonho era um deste aí do lado.
CARRINHO DE ROLIMÃ: Tive um carrinho de rolimã muito bonito. Ele
era pintado a óleo. Foi um presente dos meus primos Odair e Gordão. Brinquei
muito com ele. Houve um tempo em que eu era mais velho um pouco (10 anos mais
ou menos) e tentei construir outros carrinhos. Ficaram horríveis.
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