Em minha igreja local, Catedral Metodista de Piracicaba, iniciamos hoje, quarta-feira de cinzas, uma Campanha de Jejum e Oração que se estenderá por toda a Quaresma. Este será um tempo oportuno de preparação pessoal e coletiva para a celebração da mais importante festa do cristianismo, a Páscoa.
Para auxiliar na reflexão deste tema, preparei uma palavra especial no boletim do último domingo (06.03.2011), com o objetivo de ajudar meus paroquianos em sua compreensão. Aproveito aqui para partilhar com meus amigos e amigas internautas este breve estudo intitulado:
PREPARANDO-NOS PARA A PÁSCOA
COM JEJUM E ORAÇÃO
Queridos irmãos e irmãs, graça e paz!
Iniciaremos uma Campanha de Jejum e Oração na próxima quarta-feira (cinzas). Ela se estenderá por toda a Quaresma. Será um tempo oportuno de nos prepararmos melhor para a celebração da mais importante festa do cristianismo, a Páscoa.
Aproveito esta pastoral para partilhar um pouco mais sobre este abençoado tema: Jejum e Oração
Tanto a Bíblia (Antigo e Novo Testamento) como a História da Igreja, nos apresentam exemplos de homens que viveram uma vida de jejum e oração.
No Antigo Testamento podemos destacar: Moisés (Dt 9.9,18), Josué (Js 7.6), povo de Israel (Jz 20.26; 1Sm 7.6,12), Davi (Sl 35.13; 69.9-10), Elias, Esdras, Neemias, Ester e outros.
No Novo Testamento : Jesus (Mt 4.2), discípulos de João e os fariseus (Mt 9:14), Profetas e mestres em Antioquia {Barnabé, Simeão, Lúcio, Manaém e Saulo} (At 13.1-3), Paulo (At 14.23).
Na História da Igreja: Cristãos de todo o mundo no século IV, segundo afirma Epifânio, Bispo de Salamina: “Quem não sabe que o jejum do quarto e sexto dias da semana é observado pelo cristão em todo o mundo?”. No século XIII Francisco de Assis. Século XVI Martinho Lutero e João Calvino como reformadores. João Knox, João Wesley, Charles G. Finney e muitos outros. Mesmo a História Contemporânea, se nos apresentam muitos exemplos de homens e mulheres, observadores do jejum.
O jejum bíblico é uma forma de autonegação por causa de Jesus e seu reino. É uma abstinência deliberada de algum ou todo alimento para um propósito espiritual. O espírito de jejum pode também ser aplicado ao sono, a companhia de amigos, lazer e outros. Num sentido mais amplo, é abster-se de algo com o propósito de fortalecer-se espiritualmente e fazer progredir o Reino de Deus. O crente sente-se feliz por jejuar, pois entende que esta é uma forma de aproximar-se de Deus em rendição e humildade.
Gostaria de compartilhar alguns aspectos práticos sobre o jejum: Primeiramente o que não fazer: 1) Não jejue para obter bênçãos de Deus, 2) Não jejue como substituto para a obediência, 3) Não jejue para impressionar os outros, 4) Não permita que o jejum se torne simples formalidade, e 5) Não jejue como uma forma de legalismo. Mas, realize o seu jejum com a motivação correta, a qual a Bíblia nos ensina: 1) Jejue para agradar ao Senhor, 2) Jejue em resposta ao chamado de Deus, 3) Jejue para humilhar-se na presença de Deus, 4) Jejue para buscar melhor a presença de Deus, e 5) jejue como uma disciplina santa da sua alma.
Nossa campanha de Jejum e Oração é parte integrante de nossos preparativos para a Celebração da Páscoa do Senhor.
Não fique de fora! Adquira maturidade espiritual. Suba degraus em sua vida de santificação. Assuma o compromisso com o Senhor de se recolher em momentos de jejum e oração. Pratique esta dieta espiritual, e verás o agir de Deus na tua vida, na tua família, na tua igreja, na tua cidade e no mundo.
Deus nos abençoe!!!
Rev. Paulo Dias Nogueira