No Domingo de Páscoa, muito
mais do que saborear deliciosos ovos de chocolate, somos convidados a celebrar
a vitória da vida sobre a morte. Aproveito o ensejo para contar um pouco da
história desta celebração, bem como fazer um convite a todos vocês. Que este
domingo seja um dia de esclarecimento e compromisso.
A Páscoa é uma festa muito antiga
do povo hebreu. Teve seu início com os pastores nômades, que no verão
mudavam-se de local, em busca de novos pastos para seus rebanhos. Antes de cada
viagem eles celebravam uma grande festa.
Quando da experiência de libertação
do jugo egípcio, esta festa foi reinterpretada pelo povo hebreu, como a memória
do livramento que Deus dera ao povo, guiando-os rumo à terra prometida.
Jesus, o Filho do Deus Vivo,
reinterpreta novamente esta celebração dizendo que o pão passaria a significar
seu corpo e o cálice seu sangue, símbolos da nova aliança de Deus com Seu povo.
Com a ressurreição de Jesus,
todos os seus projetos e promessas ressuscitaram. A partir daí a Igreja
reinterpretou a festa como sendo a vitória de Jesus sobre a morte.
A festa da PÁSCOA, portanto,
desde sua origem significou a vitória da vida sobre a morte. É o momento
oportuno de optar pela vida em meio a tantos sinais de morte. Segundo o
Calendário Litúrgico esta é uma festa que dura 50 dias. Tem seu início no
Domingo de Páscoa e encerra-se com a celebração do Pentecostes.
LEITURA BÍBLICA: Atos 10.34-43
34 Então, falou
Pedro, dizendo: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas;
35 pelo
contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é
aceitável.
36 Esta é a
palavra que Deus enviou aos filhos de Israel, anunciando-lhes o evangelho da
paz, por meio de Jesus Cristo. Este é o Senhor de todos.
37 Vós conheceis
a palavra que se divulgou por toda a Judéia, tendo começado desde a Galiléia,
depois do batismo que João pregou,
38 como Deus
ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda
parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era
com ele;
39 e nós somos
testemunhas de tudo o que ele fez na terra dos judeus e em Jerusalém; ao qual
também tiraram a vida, pendurando-o no madeiro.
40 A este
ressuscitou Deus no terceiro dia e concedeu que fosse manifesto,
41 não a todo o
povo, mas às testemunhas que foram anteriormente escolhidas por Deus, isto é, a
nós que comemos e bebemos com ele, depois que ressurgiu dentre os mortos;
42 e nos mandou
pregar ao povo e testificar que ele é quem foi constituído por Deus Juiz de
vivos e de mortos.
43 Dele todos os
profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê
recebe remissão de pecados.
Nosso texto é um resumo de tudo
que aconteceu a Jesus por realizar a missão que o Pai lhe dera. Ele veio ao mundo para pregar um novo reino,
mas o mundo não acolheu sua mensagem preferindo condená-lo à morte de cruz.
PORÉM, Deus o ressuscitou dos mortos, dando lhe poder para redimir a humanidade
de seus pecados e reconciliá-la com Deus
Estamos diante de um discurso de
Pedro que chamamos de KERIGMA. O livro de Atos apresenta dois protagonistas
principais: PEDRO e PAULO. O primeiro representa a igreja que se desenvolveu
entre os judeus e o segundo a igreja gentílica.
A igreja é a continuadora desta
missão. Tal como os discípulos, ela continua a proclamar a nova vida em Jesus
Cristo, aquele que pode remir o homem de todos os seus pecados. PORTANTO, em
meio a todos os sinais de morte existentes neste mundo, somos chamados a
proclamar a VIDA em Jesus. ELE VENCEU A MORTE.
Sejamos fiéis à nossa vocação.
Preguemos a Cristo o único capaz de gerar uma nova vida - vida em abundância.
Festejemos juntos esta longa e significativa festa… festa da VIDA… da
RESSURREIÇÃO… do RENOVO… da REVITALIZAÇÃO.
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