Na postagem de 14 de fevereiro, partilhei sobre a história do período litúrgico da Quaresma, respondendo à pergunta: Quaresma por causa do carnaval ou carnaval por causa da Quaresma?
A proposta do texto foi mostrar que por falta de conhecimento ou até mesmo por preconceito ao catolicismo, muitos evangélicos desperdiçam a oportunidade de experienciar este momento litúrgico proporcionado pelo Calendário Cristão.
Como vimos no post citado acima, a proposta de se preparar melhor para a celebração da maior festa do cristianismo, a PÁSCOA, é algo muito antigo e antecede a qualquer divisão entre catolicismo e protestantismo. Isto já era comum entre as comunidades cristãs bem antes da Reforma Protestante.
Uma das marcas deste período litúrgico é o arrependimento (reconhecimento do erro e mudança de atitude). Somos convidados a arrepender-nos de nossas faltas e pecados, porém, não se esquecendo do que o Senhor ordena - que nossa espiritualidade ultrapasse a mera contemplação e desemboque em atitudes práticas para a promoção da vida.
A Quaresma, portanto, não é uma experiência de arrependimento superficial, como fazem muitos que apenas se abstêm de alguns alimentos ou não realizam algumas atividades. Este período é sobretudo um momento radical de vivência com o Senhor. À luz das palavras do profeta Miquéias, podemos melhor compreender o sentido deste período. Ele cobrou atitudes práticas do povo, negando a possibilidade dessas atitudes serem apenas ritualísticas.
A Quaresma, portanto, não é uma experiência de arrependimento superficial, como fazem muitos que apenas se abstêm de alguns alimentos ou não realizam algumas atividades. Este período é sobretudo um momento radical de vivência com o Senhor. À luz das palavras do profeta Miquéias, podemos melhor compreender o sentido deste período. Ele cobrou atitudes práticas do povo, negando a possibilidade dessas atitudes serem apenas ritualísticas.
“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é que o Senhor pede de ti, se não que pratique a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus” (Mq 6:8).Vários outros profetas e escritores bíblicos, bem como, o próprio Senhor Jesus Cristo mostrou este caminho.
“Porque vos digo que se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino do Céus” (Mt 5:20).Vamos aproveitar este período litúrgico para refletir melhor sobre nossas atitudes. Há uma frase de Oscar Wilde, um escritor e dramaturgo irlandês que se tornou muito famoso em Londres na última década do século XIX, que me chama muito a atenção e provoca uma profunda reflexão.
“Chamamos de Ética o conjunto de coisas que as pessoas fazem quando todos estão olhando. O conjunto de coisas que as pessoas fazem quando ninguém está olhando chamamos de Caráter” (Oscar Wilde).
É importante refletirmos sobre nossa caminhada cristã, pois nem sempre a "VIDA COMO ELA É", é a "VIDA QUE PARECE SER". Que nossa espiritualidade ultrapasse a mera aparência e apresente nosso caráter regenerado pela graça de Deus.
Desejo que a frase dita por Luther King seja uma verdade em minha vida. Convido você a buscar isso também.
"Não fiz o melhor, mas fiz tudo para que o melhor fosse feito. Não sou o que deveria ser, mas não sou o que era antes" (Martin Luther King).Desejo-lhe um bom período de reflexão, arrependimento e conserto. Paz!
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