Na quarta-feira passada, 24 de
setembro, embarquei rumo a Cuiabá-MT no desejo de cumprir a missão
e a MISSÃO.
Estou considerando missão (letra minúscula) a viagem ao Pantanal Mato-Grossense
para pescar com meu amigo Pr. Rogério Caputi. Por MISSÃO (letra maiúscula),
estou considerando as várias atividades pastorais e docentes realizadas em
Cuiabá, Cáceres e São Pedro de Joselândia. Convido você a viajar comigo através
destes relatos.
missão:
Vou começar pela missão (letra
minúscula). Desde que agendei as aulas do Curso de Formação de Evangelista do
Polo de Cuiabá, combinei com o pastor Rogério nossa visita ao Pantanal. Tivemos
a oportunidade de visitar o pesqueiro Lírio dos Vales, próximo a cidade de São
Pedro de Joselândia, na região do Pantanal Mato-Grossense no início de junho.
Agora, em meu retorno para o 2º Módulo, visitamos novamente a região. Da
primeira vez fomos de carro até a cidade de Poconé e depois chegamos através de
lancha, pois era um período de muitas águas. Desta vez fomos por terra
experimentando muita emoção.
Quando cheguei em Cuiabá no fim
da tarde de quarta-feira o pr. Rogério já estava no aeroporto me aguardando
juntamente com outro irmão da IM em Cuiabá, o Itamar. Havia acabado de chover e
a dúvida pairou entre nós. Prosseguir ou não rumo ao Pantanal? Como estávamos
muito desejosos de pescar, enchemo-nos de esperança de que a chuva logo
passaria. Fomos viajando e a chuva nada de cessar.
No meio do caminho pensamos em
desistir. Até mesmo voltamos alguns quilômetros. Porém, surgiu uma brilhante
ideia: Vamos dormir em Mimoso-MT e aguardar o amanhecer, pois caso pare a chuva
continuamos rumo à pescaria. Fizemos a reserva no hotel e saímos para jantar.
Por indicação da dona do hotel fomos ao restaurante Sabor Pantaneiro. A comida e o acolhimento dos donos são dignos
de nota máxima. Eles já estavam fechando, pois não havia movimento.
Quando
chegamos eles prepararam um janta fresquinha: “galinha com arroz”. Segundo o
pr. Rogério, eu e o Itamar comemos uma panela que serviria para 6 pessoas...
mas ele exagerou. Fizemos amizade com os donos: Seu Tico, D. Josefina e
Mazinho. Seu Tico, um cuiabano contador de caso, estava nos dizendo que havia
um jacaré ali por perto (já que ali é uma região com muitos) muito diferente,
pois estava desenterrando as mandiocas e comendo.
Rimos muito do jeito
tranquilo e confiante com que nos contava a história do “diacaré” (jeito
cuiabano de falar). Voltamos para o hotel e logo pegamos no sono pois tínhamos
desafios pela manhã. Acordamos às 4h sem uma gota sequer de chuva caindo lá
fora. Nos arrumamos e partimos. Claro que mesmo a chuva tendo parado, a região
pantaneira estava alagada. Em especial uma estrada que eles chamam de
“corredor” naquela região. Mesmo sabendo dos riscos, partimos.
Tudo foi muito bem até entrarmos
no corredor. Com apenas 50 metros nele nosso carro ficou atolado. Foi uma
aventura tirá-lo dali. Trocamos as roupas e saímos do carro para a empreitada.
Tivemos que desocupar o porta-malas para o carro ficar mais leve. Trabalhamos
duro, mas logo conseguimos desatolá-lo.
Continuamos a viagem sem mais nenhuma parada.
Chegamos ao pesqueiro e o
café da manhã já estava à mesa. Os caseiros, Dona Deja e seu esposo (Negão),
nos acolherão calorosamente.
Após o desjejum, saímos
rapidamente para o rio. Pescamos toda a manhã. Ao meio-dia já estávamos de
volta ao pesqueiro para o almoço. Nossos anfitriões haviam preparado uma
deliciosa refeição: Ventricha de Pacú (frita), sashimi de piranha, arroz,
feijão e saladas variadas. Após o almoço dormimos um pouco e logo saímos para
continuar a “missão”.
Pescamos e passeamos por vários
locais daquela região pantaneira. Lugares lindos, animais exóticos e bom papo.
Chegamos a um lugar onde haviam muitos jacarés, cujo nome é “Curicho da onça”.
Meus dois companheiros estavam dispostos a dar uma passeada por terra, porém eu
disse que era melhor ficarmos no barco. Eles riram. Mas minha lógica era muito
simples: os dois são magrinhos e conseguem correr com mais velocidade. Caso a
onça aparecesse por ali eu era o preto preferido, pois além de mais gordinho, eu
não conseguiria correr e seria uma refeição fácil (hehehehe). Brincadeiras à
parte, eu fiquei com medo mesmo. Depois de uma tarde muito proveitosa, voltamos
para o jantar. Quando chegamos no pesqueiro, eis a surpresa:
iscas de peixe (frita), piranha ao molho, bisteca de porco, arros, feijão e
salada. Após o jantar conversamos um pouco, assistimos televisão e dormimos
tranquilamente, pois sabíamos dos desafios da estrada na volta a Cuiabá.
No outro dia, após uma noite
reparadora, saboreamos uma delicioso café da manhã preparado por D. Deja. Após
o desjejum saímos de viagem. Como falei, atolamos no mesmo lugar da vinda, ou
seja, 50 metros da estrada boa. Dessa vez não conseguimos sair sozinhos. Fomos
para a outra estrada, também muito deserta, para pedir socorro. Pr. Rogério e
Itamar caminharam um pouco mais e encontraram uma casa em construção onde pegaram algumas madeiras. Mesmo assim não
conseguimos sair. Passados alguns minutos um trator pequeno com quatro
trabalhadores passaram por nós e nos ajudaram. Eles se dirigiam a uma ponte
próxima para reformá-la. Eles foram extremamente atenciosos e proativos no
socorro.
Saindo dali, pegamos a estrada
batida e fomos parar somente em Mimoso, no restaurante do Seu Tico (Sabor
Pantaneiro). Para o almoço pedimos ventricha de pacú, acompanhada de arroz,
feijão e mandioca. Comida feita na hora. Muito bom!!! Chegamos no meio da tarde
em Cuiabá, quando começamos a MISSÃO.
MISSÃO
Ao chegar em Cuiabá nos dirigimos
para a casa do pr. Rogério onde rapidamente nos arrumamos para as tarefas
docentes e pastorais daquele dia. Nos dirigimos ao "Centro Terapêutico
Paraíso" (CTP) localizado na estrada do Manso, em Cuiabá, que se dedica ao
tratamento especializado da dependência química. A Igreja Metodista em Cuiabá
tem prestado auxilio pastoral e espiritual ao grupo que ali reside.
Semanalmente o Pr. Rogério e/ou uma equipe de metodistas se dirigem ao CTP para
ministrarem àquelas vidas. O Pr. Rogério me desafiou como diretor do Instituto
Educacional Metodista Bispo Scilla Franco (IEMBSF) a preparar um curso especial
de formação de futuros obreiros, o qual ele e outros professores metodistas(clérigos
ou leigos) pudessem ministrar. O objetivo é auxiliar na formação dos
recuperandos, preparando-os para servirem as igrejas que já estão freqüentando.
Todos eles já freqüentaram ou estão em contato com alguma igreja. Eu tive uma
longa conversa com os futuros alunos e me comprometi em preparar o material que
será ministrado por nossos professores. Todos nós nos envolveremos de forma voluntária.
Foi um ótimo encontro. Eles ficaram muito animados e esperançosos. Espero que
consigamos auxiliar este grupo no processo de dignificação de suas vidas.
Centro Terapêutico Paraíso - alunos e colaboradores |
Viajamos de volta para a cidade e
fomos na congregação da Igreja Metodista no bairro Pedra 90. Chegamos lá
atrasados e o local estava lotado. É a área de uma residência alugada pela IM
em Cuiabá. Nossos alunos do CFE, London e Valéria é que estão trabalhando missionariamente
neste bairro. Foi um culto maravilhoso, com a participação de muitos irmãos e
irmãs através da música. Compartilhei com eles sobre a importância de cuidarem
uns dos outros e acolherem os novos que se achegarão ao trabalho. Foi um tempo
muito agradável e de muita edificação. Após um delicioso lanche no caminho de
volta, chegamos em casa para descansar.
Sábado pela manhã iniciamos o 2º Módulo do Curso de Formação de Evangelistas do Pólo-Cuiabá. Durante todo o sábado e no domingo pela manhã ministramos as aulas presenciais deste módulo.
Estiveram
presentes os seguintes docentes: Prof. Rafael Rogério de Oliveira, pastor da IM
em Tangará da Serra-MT, que ministrou duas matérias - Introdução à Bíblia e Métodos
de Estudo da Bíblia; Prof. Bruno de Oliveira Sahb, Superintendente da
sub-região do Mato-Grosso e pastor em Primavera do Leste, que ministrou Organização
e Missão da Igreja Local; Profª Karina Leite Santana Sahb, pastora da IM em Primavera
do Leste, que ministrou Educação Cristã; e Prof. Rogério de Jesus Caputi,
pastor da IM em Cuiabá, que ministrou Análise de Conjuntura - Contextualização.
Eu dirigia todos os momentos devocionais e atendi aluno/a por aluno/a.
As
refeições foram preparados com muito zelo e carinho pela equipe da cozinha da
igreja. Saboreamos deliciosos pratos.
No culto vespertino do domingo, por convite do Pr. Rogério, fui a Cáceres-MT ministrar a Palavra e a Mesa do Senhor. Cáceres fica a 234 km de Cuiabá. Como o Pr. Rogério necessitava ficar na IM em Cuiabá, eu fui de carona com os irmãos Sandro, Lauren e Samuel (família simpática e abençoada). Foi uma viagem muito agradável, onde pudemos estreitar um pouco mais nossos laços de amizade.
Foi um tempo maravilhoso de realizar a MISSÃO e a missão. Valeu Pr. Rogério!
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